quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Como Formar uma Vida

Como Formar uma Vida

Introdução

O mais importante o trabalho de uma pessoa é o produto final. A finalidade do trabalho pastoral é a formação de vidas. Portanto todo pastor deve conhecer bem seu ofício, a tarefa que deve realizar.
Pregar, ensinar, fazer reuniões, retiros, estudar, aconselhar, visitar, etc. são atividades que o pastor realiza, porém nenhuma delas é um fim em si mesma. São meios que o pastor usa com o fim de alcançar seu objetivo, que é formar a vida dos que estão a seu cuidado. Paulo diz em Cl 1:28 "a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo". Esta deve ser a nossa aspiração.
Todo líder cristão deve ter objetivos claros , concretos, precisos e metas a alcançar nas vidas que estão a seu cuidado. Também deve saber conduzi-las a essas metas; ou seja deve determinar os passos práticos para alcançá-las.
É a forma para exercer fé sobre uma vida; se não sabemos aonde conduzir uma pessoa, tão pouco podemos cobri-la com fé. Toda pessoa que está sendo conduzida por um pastor, deve sentir-se segura de que está frente a alguém que sabe conduzi-la.
I - A Maneira de Viver
1Pe 1:18 "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais."
O que é a maneira de viver ?
Consideraremos 4 aspectos da maneira de viver:
Estilo de vida ( gostos e costumes )
Conduta ( o que fazemos e dizemos )
Forma de pensar ( escala de valores )
Forma de ser ( traços de caráter )
Toda essa maneira de viver herdamos de nossos pais, antepassados, familiares, pessoas que nos rodeiam e de nossa história.
Com todo esse peso, carga e passado a pessoa chega ao Senhor. Só uma profunda mudança de atitude e uma fé genuína na eficácia da obra da cruz lhe farão romper com o seu passado.
Um evangelho aguado é ineficiente para romper com o passado. Só o evangelho do reino, apresentando Jesus como Senhor, dá bases sólidas para edificar bem uma vida.
Os alicerces da edificação
1) Jesus Cristo Rei
Ao começar a viver no reino de Deus, cada um deve Ter a plena consciência de que está sendo introduzido em um governo com autoridade, onde Jesus Cristo é o legítimo Rei e Senhor. É um governo com leis, estatutos, ordenanças, onde há autoridade delegada da parte de Jesus.
Se uma pessoa não reconhece autoridade, não se pode edificá-la.
2) Mudança de atitude
A atitude rebeldia e independência deve ser deixada e substituída por uma atitude de submissão e dependência.
Uma boa definição de conversão é troca de governo.
O problema que se tem originado em muitos casos que queremos edificar muitas pessoas rebeldes e independentes, ou seja, que não mudaram de atitude.
3) Confissão de pecados
Toda pessoa trás de sua "velha maneira de viver" uma bagagem de pecados, trevas, culpas e situações que não sabe como resolver. Deve confessar essas coisas com o fim de alcançar os seguintes resultados:
Para ser curado interiormente.
Para resolver com justiça toda situação que tenha ficado pendente ( ex: fraude, roubo, adultério).
Para não dar lugar a Satanás ( ele sabe como tomar vantagens quando há áreas ocultas )
Para avançar mais rápido na edificação da vida ( as vezes, com alguns, para se ter um crescimento mais rápido, basta conhecer algum conflito do passado que tenha formado complexos, etc. )
Para tirar o peso da culpa ( a crescente sensibilidade da pessoa frente a verdade de Deus a faz sentir mal por seus pecados do passado )
4) Batismo nas águas
Morte e sepultura para a velha maneira de viver e para um passado deixado definitivamente.
Ressurreição para uma nova maneira de viver ( " as coisas velhas ficaram para traz e eis que tudo se fez novo" )
5) Plenitude do Espírito Santo
O Espírito Santo faz dócil a palavra ao que recém ingressa no reino de Deus. Revela a verdade e a vontade de Deus contidas na palavra.
Agora a pessoa está pronta para ser edificada na nova maneira de viver. Se não a edificarmos, os velhos esquemas, os vícios de caráter, etc., surgem novamente, e só o que se consegue são homens e mulheres desformes.
II - Edificando em Bases e Metas
Adquirindo uma nova mentalidade
Se ao pensar na igreja nos limitamos à reunião dominical, aos grupos familiares, nos enganamos. A mudança na edificação das vidas se produz quando tomamos plena consciência que estamos formando e levantando uma comunidade, um povo. Tudo então tem um novo valor, até as coisas mais pequenas e naturais da vida são importantes. Já não nos preocupamos somente com a conduta, os aspectos espirituais e o serviço na igreja, mas com tudo que diz respeito a vida de um povo. ( ex: uma correta linha de valores, pagamento de impostos, melhoria de vida, descanso, saúde, alimentação, administração do dinheiro, piedade, testemunho, etc. )
Metas incorretas
1) Manter um grupo de pessoas
Se esta é sua meta deve converter-se em um pastor "showman". Cada semana deve ter uma novidade a entregar ao povo:
Deve ter uma mensagem eloqüente e nova.
Deve saber mover a massa, tocando suas emoções, sujeitando a temor, estimulando a tradição.
2) Chegar a ser um grande pregador
É um meio, mas não é um fim.
3) Limitar-se a resolver os problemas do povo
Alguns tem seu próprio consultório, outros visitam as famílias que tem problemas. Alguns pastores praticam a psicanálise.
Edificar é mais que resolver problemas pessoais, é completar o que falta para alcançar a meta proposta 1Ts 3:10
Metas corretas
1) Formação do caráter : humildade, mansidão, generosidade, temperança, etc.
2) Estabilidade econômica : trabalho, vivência digna
3) Família feliz
4) Relação correta com Deus : vida de fé e orientação do Espírito Santo.
5) Boas obras : servir, ser eficiente na extensão do reino de Deus.
Apelo à Fé: Tenha em alta estima o ministério pastoral, esse é o meio escolhido por Deus para dar forma ao seu povo. Tenha em alta estima a visão que Deus tem dado ao seu povo, não se conforme com algo menor do que Deus quer. Homens de fé, cheios do Espírito Santo fazem falta para este grande plano de Deus.
III - Métodos para Alcançar as Metas
Estabelecer metas corretas
Determinar os passos a dar para alcançá-las
Quando temos metas corretas, claras e definidas, para uma pessoa, devemos logo determinar os passos a serem dados para alcançá-las. Além disso, analisar o valor da meta e o esforço que se vai empregar. Em alguns casos podemos determinar o tempo que vai tomar.
São necessários: tempo, esforço e trabalho para chegar a uma meta feliz. Sempre devem ser consideradas todas as opções possíveis.
Quando há claridade sobre aquilo que se quer alcançar (objetivos), então se deve determinar os passos para a conclusão.
Exemplos:
1) Um irmão necessita de um terreno para construir sua casa
Uma solução correta depende de sua renda mensal, além dos bens e recursos que tem. Podemos considerar as seguintes opções:
Pode construir sobre terreno dos pais ou sogros
Pode comprar um terreno e construir
Pode comprar um terreno em sociedade com outras pessoas e dividi-lo
Pode comprar uma casa já construída
2) Um irmão com pouca renda mensal
Um irmão casado, com três filhos, operário de uma empresa, com 32 anos de idade. Fiel ao Senhor com toda sua família, porém sua renda mensal é baixa. Não pode melhorar sua casa e vive de fora muito ajustada.
Uma solução é trabalhar mais horas ou procurar arranjar um "bico". O mal desta solução é que repercute muito sobre outras áreas da vida ( relacionamento com a esposa, filhos e a obra do Senhor ).
Uma solução melhor para este tipo de problema é aprender um ofício que lhe renda mais que o atual. Se há uma escola poderá estudar ou então aprender com alguém que tem o ofício.
3) Um casal jovem
Os dois são noivos, fiéis ao Senhor, sujeitos ao senhorio de Cristo e querem se casar. Ele tem 23 anos, não tem bens nem ofício.
Começamos a fixar metas para sete anos, ou seja, quando ele tiver 30 anos. O que ele deve ter alcançado com esta idade.?
Trabalho - meta: seu próprio negócio.
Terreno - meta: sua própria casa.
Noivado - meta: casamento
Obra do Senhor - meta: formar vidas e liderar um grupo.
5) Um casal com problemas de caráter
Não se toleram entre si, estão a ponto de separar-se.
Fazer com que os dois tenham confiança em quem os aconselha
Colocar disposição nos dois para buscar a solução dos problemas
Compartilhar fé a seus corações
Fixar metas com respeito ao caráter. Por exemplo para o homem:
Fazer uma lista das coisas que acha que está mal
Fazer outra lista com as características que gostaria de Ter
Logo fixar-lhe metas:
Para que a esposa lhe honre
Para ser o homem que gostaria de ser
Autodisciplina
Método para formar uma vida
Sujeição, relação de amor e cuidado.
Diretrizes claras e específicas
Instrução específica : é a que se dá somente para uma determinada situação
Instrução progressiva : toda instrução deve ser dada com o fim de chegar a uma meta; portanto devemos ter instruções corretas para dar. Quarto níveis de instrução:
Básica
Pelos problemas
Formativa ( como a pessoa deve ser segundo a ordem de Deus )
Para alcançar maturidade
Oração, dependência do Senhor, direção do Espírito Santo
Companheirismo ( fazer tarefas juntos )
Descobrir seu dom particular, animar-lhe, estimular-lhe a fé
Avaliar os resultados
IV - Trabalhando com a Visão do Futuro
Não edificamos somente para hoje. Lançamos as bases da igreja do futuro. Faça esta pergunta:
Como quero ver a igreja dentro de 5, 10 ou 20 anos ?
Esta pergunta só terá resposta adequada se adquirirmos uma mentalidade de que estamos edificando um povo.
Áreas que devemos cobrir:
Em uma família
O propósito de Deus para com o homem
A ordem de Deus no lar
marido como cabeça da família
A vocação da esposa e mãe
A Criação dos filhos
A relação sexual
A administração econômica
Uma vivência digna
Em um varão
Ofício, profissão
Estudo
Serviço constante, não só ocasional
Em um jovem
Estudo, trabalho, ofício
Noivado, tratamento para com o sexo oposto
Vícios secretos, santidade
V-Formação do caráter
Responsabilidade pessoal
Em sua casa
Nas tarefas de sua responsabilidade
Administração do dinheiro
Higiene
Domínio próprio ( mente, gula, horários )
Sujeição aos pais, patrões e líderes
Respeito à consciência
Superação em todas as áreas ( que adquira uma mentalidade de conquista )
Atuar com fé em todas as circunstâncias (todo cristão deve viver com esperança)
Homens e mulheres transbordantes do Espírito Santo
Alentar e desenrolar a iniciativa própria.
Com os cinco dedos da mão recordamos as áreas básicas que devemos cobrir:
Polegar: Senhorio de Cristo ( evangelho do reino, batismo nas águas e no Espírito Santo, a meta )
Indicador: Relação com Deus ( oração, adoração, louvor, leitura bíblica, confissão de pecados, orientação do Espirito Santo )
Médio: Serviço ( boas obras, fazer discípulos, o povo de Deus, a unidade da igreja )
Anular: A família
Mínimo: Economia, administração, trabalho, estudos, mordomia.
Comunicar estas verdades é lançar o fundamento e edificar uma vida. Devemos dedicar especial atenção ao ensinamento que se dá a uma pessoa, porque será o Fundamento.
De acordo com o primeiro ensinamento que uma criança recebe é determinado o desenrolar de sua vida. Se uma pessoa se converte em um grupo ritualista, o mais provável é que a pessoa se torne ritualista. O primeiro ensinamento faz uma marca muito forte.
Nome sobre todo nomeÉ o nome de meu CristoDiante de tão glorioso nomeTodos se prostrarão.Todas as forças das trevas,Toda a humanidadeTodos os céus e suas potestades,Todos se prostrarão.Nossos olhos lhe contemplam,Nosso coração lhe adora,
Nossa língua proclama:Jesus Cristo é o Senhor.
(Jorge Himitian)

Permissividade

Permissividade
Permissividade é permitir em nossas vidas algo que sabemos que está errado. É ser tolerante com algo que sabemos não agradar a Deus.
Nos últimos dias Deus tem se revelado a nós de muitas maneiras e temos recebido várias palavras e ministrações ( fazer discípulos, renunciar a tudo por Jesus, oração, intimidade com Deus, comunhão, etc. ) . Temos visto que o padrão de Deus é elevado e quando olhamos para ele e vemos que ainda não atingimos, começamos a ser tolerantes com algumas coisas.
Ex.:
Nosso comportamento em viagens, jantares, reuniões
Nosso cuidado com as coisas dos outros ( objetos emprestados , dinheiro emprestado )
Nosso tempo de comunhão. reuniões gerais, de grupo, etc.
Esquecemos o padrão de Deus para estas coisas e nos acostumamos com nossas debilidades. Acabamos ficando cegos, e não percebemos o que fazemos.
I Sa 3:10-13 Os filhos de Eli ( Ofini e Finéas )
Ele sabia do problema
Mesmo sabendo não corrigiu nem mudou seu comportamento.
Quando somos tolerantes tentamos baixar o padrão de Deus. ( mas Deus não muda seu padrão )
Ap 2:18-20
Toleras = continuas com ela.
Ainda permite o pecado.
Quando somos tolerantes e nos acostumamos com nossos pecados começamos a dar mau exemplo. Ai então começamos a tolerar o pecado não só em nossas vidas, mas também na dos outros irmãos, pois se você o condena, condena a si mesmo.
Nossas conversas passam a ser fúteis, nossos programas passam a ser errados e nos associamos com pessoas que não edificam.
I Co 15:33 " Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes"
O mau exemplo deteriora o padrão de Deus.
Isso gera em nós uma acomodação. Nos contentamos com o que somos e não nos empenhamos em ir adiante.
Caminhar com Deus não é se acomodar, é se sacrificar por Ele.
Sacrifício = perder algo, dar algo a Deus.
É amar a Deus com amor ágape, amor que não exigem nada em troca, mas se dá a si mesmo pelo outro. É amar com o Amor que ele nos ama. (Ex.: Pedro em Jo 21:15-17)
Por buscarmos o nosso bem estar damos uma ênfase exagerada no lazer. O tempo que poderíamos ter comunhão usamos para diversão. Procuramos várias atividades como TV , cinema, fitas de vídeo, festas, bebidas, Fazemos mau uso da liberdade que temos em Cristo.
Ef 5:1-21 I Co 10:23-33 Gl 5:1 e 13 Rm 14:22
Eu tenho colocado limites para o sacrifício ?
Marcos cap. 4 ao cap. 7
Acalma a tempestade
Expulsa demônios
Cura a filha de Jairo
Cura uma mulher no caminho
Percorrem várias aldeias
Alimenta uma multidão, etc
Foram 4 dias. Os discípulos quase não dormiram, não comeram andaram a pé cerca de 100Km.
Nós agüentaríamos ?
Até onde eu vou com Deus ?
Oito perguntas que devemos fazer antes de nos envolvermos com qualquer atividade:
Isto convém ? (sim)
Isto edifica ? (sim)
Isto está te dominando ? (não)
Isto glorifica a Deus ? (sim)
Isto visa o meu próprio interesse ? (não)
Isto ajuda o meu próximo ? (sim)
Isto provem da fé ? (sim) "tudo que não provém da fé é pecado"
Isto á uma prova de amor ? (sim)

Não devemos ser tolerantes com o pecado, devemos ser radicais com o pecado.
No reino de Deus as coisas não são relativas, são absolutas. Pecado é pecado, não existe meio termo.
Mt 5:37 Sim, sim; não, não.

O Nome de Deus

O Nome de Deus

"No princípio era o Verbo, o Verbo esta com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." João 1:1-3
Principais ensinamentos:
Jesus é Deus, sempre foi Deus, sempre existiu. João 17:5
Verbo = palavra . A palavra se fez carne e habitou entre os homens
Aquilo que era só um conceito, uma idéia, se materializou , tomou a forma humana
É possível compreender Deus ?
Uma das idéias que prevalecem entre os crentes é a de que ninguém pode conhecer ou compreender Deus. Dizem-nos freqüentemente que Deus é incompreensível , que Ele habita no lugar Santo e Alto , inatingível pela Sua criatura, e o que é impossível ao homem finito entender o Deus infinito. A VERDADE É EXATAMENTE O CONTRÁRIO! Em Jesus Cristo , Deus se fez um de nós, baixou ao nosso nível , tocou a nossa humanidade, carregou as nossas enfermidades, e lavou todas as manchas do nosso pecado.
A Bíblia foi escrita com o propósito específico de dar a cada crente uma revelação e compreensão completa do Deus que ama . "Para O CONHECER" e o propósito da sua verdade. Aproveite-se , portanto, da parte infinita da sua natureza, para compreender a natureza e o ser de um Deus infinito. Fp 3:10 ; Oséas 6:3
Obs. O principal objetivo de Jesus além da Sua obra redentora, foi revelar Deus aos homens, isto é, o caráter de Deus ( quem vê a mim vê o Pai ) João 14:9.
Que mistério referente a Deus é revelado pela bíblia?
A Bíblia nos revela o mistério de que da a formação do único Deus verdadeiro participam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e que estes TRÊS são UM. ( Mt 3:16,17; I Tm 3:16; Cl 1:26 ).
Qual o significado da palavra "trindade"?
A palavra "trindade" não se encontra na bíblia de uma forma explícita , mas é a palavra apropriada que os estudiosos da bíblia encontraram para explicar e descrever a tríplice personalidade da Divindade. A palavra Trindade significa simplesmente " a união de Três em Um, e pode ser aplicada tanto a Deus como ao homem, pois ambos são "triúnos" em um ser. Deus , como o Pai, filho e Espírito Santo; o homem , como espírito, alma e corpo. UM FOI FEITO À IMAGEM E SEMELHANÇA DO OUTRO.
Que palavra da bíblia pode ser usada para ilustrar a tri-unidade de Deus?
Embora a palavra Trindade não seja encontrada na bíblia , a palavra TRÊS é. Não há nenhuma revelação da Divindade em toda bíblia que não ostente o selo e o timbre do TRÊS. ( II Cor 13:13).
Alguns pensamentos importantes acerca da "plenitude da divindade"
A Divindade é TRÊS em operação e manifestação. Mas definitivamente UM em propósito, poder e essência. É importante notar que as entidades que formam a Divindade tem alguns atributos distintos QUE NUNCA MUDAM.
Deus Pai: Criador, Controlador, Planejador e grande Arquiteto do universo. Habita em Glória e Luz que são fisicamente inatingíveis, e existe como o Absoluto, o Auto-existente, o inatingível, a grande Causa não causada de todas as coisas. Durante 2.000 anos , da Adão até Abraão a Personalidade do Pai domina a cena das operações redentoras.
Deus Filho: A PALAVRA eterna incarnada; a manifestação da divindade à humanidade em carne e ossos. A sua personalidade é observada tipicamente na dispensação sacrificial de SANGUE, de Abraão até a Cruz, durante 2.000 anos. Revelado como cordeiro para tirar o pecado, e como um Leão para subjugar todas as coisas.
Deus Espírito Santo: ( uma pessoa) A inspiração, o Poder Vivificador da Igreja. A Presença invisível de Deus que age como Mestre, Guia e confortador. É o poder de Deus que unge, é a INFUÊNCIA que Santifica. O Revelador das "coisas de Cristo". Ele é revelado nesta presente Época da Igreja, de 2.000 anos.
Credo apostólico: Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra; em Jesus Cristo, seu Unigênito filho, nosso Senhor; o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Poncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos, subiu ao céu e está a direita de Deus Pai, todo poderoso, de onde há de vir, para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa igreja de Cristo; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.
Obs. Ver Credo de Nicéia no hinário Evangélico. Pg 77
Deus pai , Deus filho , Deus Espírito Santo.Três Deuses ?
Não, um só, mas são distintos em funções visando o mesmo propósito.
João 8: 38 "Eu falo do que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que também ouvistes de vosso pai."
João 17: 21 " ... para que todos sejam um, como tu, ó pai, o és em mim, e eu em ti"
A bíblia nos revela o mistério da formação do único Deus verdadeiro participam o pai, o filho e o Espírito Santo, e que estes TRÊS são UM. Mt 3:16,17 ; I Tm 3:16 ; Col 1:26
"É possível compreender o mistério da divindade?"
Mistério = Algo que não pode ser explicado, isto é, algo além da compreensão humana. Só podemos entender através da inspiração do Espírito Santo ( I Cor 2:6-14)
1) Há três Deuses, ou um Deus?
R : Há apenas UM Deus, cuja personalidade é tríplice ( II Cor 13:13; Mt 28:19; I Cor 12: 4,5,6; I Tm 2:5 ).
2) A grande confissão de israel enfatiza a unidade de Deus:
" Ouve , Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor" ( Dt 6:4)
3) O que se entende por unidade de Deus?
R : A unidade de Deus não é numérica em significado, mas refere-se à Sua natureza, que é UNA.
( Jo 10:30 Eu e pai somos um; Jo 1:1; Col 2:9; Ef 1: 2,3 ).
4) Há referências bíblicas que provam que Deus é uma unidade, ao invés de ser apenas um Deus "número um"?
R: Sim eis algumas ilustrações:
"Elohim" a palavra hebraica mais comum para designar Deus ( como em Gen 1:1), é um substantivo PLURAL.
Gênesis 1:26: "Disse Deus: FAÇAMOS"
Gênesis 11:7 "Vinde DESÇAMOS, E CONFUNDAMOS ali a sua linguagem"
Gênesis 3:22 "Eis que o homem se tornou como um de NÓS"
Eclesiastes 12:1 "lembra-te dos teus CRIADORES" (tradução literal).
Salmo 149:2 "Regozije-se Israel nos seus CRIADORES"( no hebraico, plural).
I Tess 1:1; Ef 1:17 e 2:18; Apoc 1: 4,5; e 3:21; Mt 3:16,17.
5) Há diferença entre o que Deus é e quem é Deus?
R: Sim .
Quando falamos do que Deus É referimo-nos à SUA NATUREZA ou aos SEUS ATRIBUTOS. Ex. Deus é: eterno, imutável, onipotente, onisciente, onipresente, santo, justo, fiel, benevolente, misericordioso, gracioso, amoroso.
Quando procuramos saber QUEM é Deus, referimo-nos à Sua formação e seu nome pessoal.
Resumindo:
O Deus da Bíblia NÃO é:
1 Deus em 3 Deuses
1 Natureza em 3 Naturezas
1 Pessoa em 3 pessoas
Mas sim:
1 Deus com 1 Natureza em 3 pessoas COMO João 15:26 ; Gal 4:6 ; Ef 2:18
NATUREZA = EXÊNCIA = MESMA SUBSTÂNCIA.
Podemos dizer que Deus é UM com três personalidades: o Pai, o Filho, e o Espírito Santa, maravilhosa e misteriosamente ligadas em uma UNIDADE.
Qual é o nome de Deus?
O que significa a palavra "Deus"?
A palavra "Deus" é um título que os homens usam para descrever o Ser Supremo e Infinito. ( I Cor 8:4-6)
Porque o verdadeiro Deus deve ter um nome?
O Nome de Deus estabelece a identidade de Deus e separa-o das divindades pagãs. O homem é capacitado a dirigir-se a Deus adequadamente, através do Seu Nome. (Gn 32:24-30; Ex 3:13,14.)
Os antigos hebreus criam que Deus e o seu nome eram a mesma coisa.
Isto significa que Deus e o Seu Nome eram inseparáveis ; tudo que o verdadeiro Deus significava era definido pelo Seu Nome. O Seu Nome e a Sua pessoa eram uma só e a mesma coisa.
Quem foi o primeiro homem a receber a revelação do nome de Deus?
Moisés, como está registrado em Êxodo 3
Como Deus era conhecido antes da época de Moisés?
Aparentemente Ele era conhecido como "O verdadeiro Deus" ou "Deus Todo-poderoso" Ex 6:3
Qual foi o nome que Deus deu a Moisés?
A palavra hebraica é composta de quatro letras ( Yhwh , JHVH) , e por isso é chamado o "Tetragrama"( o nome de quatro letras ).
O que significa este nome hebraico de quatro letras?
O Tetragrama significa "EU SOU" - exatamente como está traduzido na Bíblia. Ex 3:14.
Quantas vezes este nome aparece na bíblia hebraica?
Este é o Nome de Deus mais freqüente nas Escrituras. Aparece 6.823 vezes no Velho Testamento Hebraico.
Os israelitas pronunciavam este nome?
Não , pois ele era considerado demais. Lv 24:16 mostra que o simples fato de se pronunciar o Nome era punível com a morte por apedrejamento.
O que o israelita usava em lugar do nome de Deus - se ele não podia pronunciar o original JHVH?
Ele usava uma palavra que o substituía; Adonai em hebraico, Kúrios ou Kírios em grego, o Senhor em português. Os antigos rabinos colocavam no original JHVH as marcas das vogais de Adonai, para lembrar ao povo que devia pronunciar Adonai em lugar do verdadeiro nome de Deus.
De onde veio a palavra "Jeová"?
A palavra "Jeová" nasceu em 1520 A.D. ; como outra maneira de se referir ao original JHVH. Os tradutores combinaram as marcas que indicavam as vogais "e", "o" e "a" ( que eram colocadas sobre a JHVH para lembrar aos judeus que deviam falar Adonai) com o JHVH. Desta maneira, formou-se a palavra "Jehovah" como híbrida, e portanto inaceitável como autêntica revelação do nome de Deus. Naturalmente , "Jeová" não poderia ter sido usado por Jesus ou pela igreja primitiva, porque NEM ERA UAM PALAVRA, AINDA , NAQUELA ÉPOCA!
Você sabe por que a palavra "Senhor" aparece com todas as letras maiúsculas na tradução brasileira do velho testamento?
Onde quer que você encontrar a palavra "SENHOR" no Velho Testamento ( com maiúsculas) , significa que o texto original hebraico usa o Tetragrama naquele lugar.
Portanto , o velho testamento nos mostra que o nome de Deus o Pai é "Senhor"!
Êxodo 15:3 - "O SENHOR é homem de guerra; o SENHOR é o seu nome".
Isaias 42:8 - "Eu sou o SENHOR, este é o seu nome".
Jeremias 33: 2 - "Assim diz o SENHOR que faz estas coisas, o SENHOR que as forma para as estabelecer; o SENHOR é o seu nome".
Amós 5:8; 9:6 - "O SENHOR é o seu nome".
O Deus do velho testamento revela-se através de Jesus como o grande "Eu Sou".
João 4: 25,26 - "EU SOU, eu que falo contigo".
João 8:23 - " EU SOU lá de cima... EU deste mundo não SOU".
João 8:24 - " se não crerdes que EU SOU... ".
João 8:58 - "Antes que Abraão existisse, EU SOU".
João 13:19 - "para que creiais que EU SOU".
João 18:5 - "Jesus lhes disse: SOU EU".
Mt 14:27 - "Tende bom ânimo! SOU EU".
Marcos 14:61,62 - "És tu.... Jesus respondeu : SOU EU".
Como Jesus descreveu a si próprio como o grande "Eu Sou" ?
Foi esta a prerrogativa de Divindade que levou Jesus à cruz. Ele empregou destemidamente EU SOU ( ego eimi, as enfáticas palavras gregas) para descrever a Si mesmo. ELE DECLAROU EU SOU:
O pão da vida - Jo 6:35
A luz do mundo - Jo 8:12
A porta das ovelhas - Jo 10:7
O bom pastor - Jo 10:11
A Ressurreição e a vida - Jo 11:25
O Caminho, a verdade, e a Vida - Jo 14:6
A videira Verdadeira - Jo 15:1
O Alfa e Ômega, Princípio e Fim - Ap 1:8
Deus fez Jesus Senhor e Cristo.
Atos 2:36. No Evangelho de João, Jesus se refere mais de 100 vezes a Deus como Seu pai. Em o Novo Testamento os cristãos também se referem a Deus como Pai, e NUNCA o invocam através de Seu Nome pessoal de SENHOR. A razão é óbvia ! O Pai deu o Seu Nome de Senhor a Jesus. Além disto, o Espírito Santo o ungiu, fazendo- O CRISTO também. Nós portanto, usamos o Nome do SENHOR Jesus Cristo - o nome que revela a plenitude da Divindade corporalmente - o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Um DEUS TRI-UNO revelado através de um NOME TRI-UNO!
Eis aqui algumas referências adicionais mostrando que Jesus foi feito Senhor:
Jo 5: 43; Lc 2:11. At 2:36; Rm 10:9; II Cor 4:5; Ef 4:5; I Cor 8:6; 12:3; Fp 2:11; Ef 3:11 ;Fp 3:8; I Cor 15:31; At 7:59,60; 9:5;17; 22:8-12; Mc 16:19. Note as saudações preferenciais de Paulo: I Cor 1:3; II Cor 1:2,3 , etc... Ele menciona Deus como Pai, e depois acrescenta de maneira significativa: "O Senhor Jesus Cristo".
BATISMO NAS ÁGUAS em nome do Pai , e do Filho, e do Espírito Santo, é um maravilhoso cumprimento de "O SENHOR - Jesus - Cristo". At 2:38; 8:16; 10: 48; 19:5; 22:16.
Qual o nome de Deus para os nossos dias?
=> Jesus Cristo o Senhor!! At 16:31

Ser ou Ficar cheio do Espírito Santo

Ser ou Ficar cheio do Espírito Santo

Quando a bíblia fala se ser cheio do Espírito Santo, nem sempre ela está falando de uma mesma experiência.
No texto original, em grego, aparecem duas palavras diferentes descrevendo experiências diferentes, mas quando foram traduzidas para o português usou-se uma única palavra ( cheio ) como se fosse uma única experiência.
A primeira palavra é Pimpleime:
Aparece em Lc 1:15 ; Lc 1:41 ; Lc 1:67-68 ; At 4:31 ; At 4:8 ; At 9:17 ; At 13:9-11
Ela significa ficar cheio.
Dá a entender que antes não estava.
É uma experiência repentina, momentânea.
Não é contínua
É para cumprir um determinado propósito.
É o revestimento de poder para profetizar, testemunhar , fazer a obra de Deus.
A segunda palavra é Pleiros:
Aparece em Lc 4:1 ; Ef 5:18 ; At 6:3 ; At 7:55 ; At 11:24
Esta palavra significa ser cheio.
Não como uma experiência momentânea
De maneira continua
Estar sempre cheio.
Não está relacionada com uma obra a fazer, mas com uma vida no Espírito.
As diferenças :
Os textos em que aparece a palavra pimpleime dão a idéia se ser enchido de fora para dentro, o que combina com as palavras caiu, e derramado.
Já a palavra pleiros dá a entender um enchimento de dentro para fora.
A primeira é um derramamento.
A segunda é um transbordamento
A primeira nos dá poder.
A segunda nos dá vida, nos enche de vida.
A primeira dá poder para testemunhar falando de Cristo.
A segunda é para mostrar o caráter de Cristo.
A primeira nos capacita a manifestar os dons do Espírito descritos em ICo 12:7-11
A segunda nos capacita a manifestar o fruto do Espírito descrito em Gl 5:22-23
A primeira é uma experiência definida.
A segunda é um processo de crescimento.
A maior diferença é que:
A primeira se recebe na porta, sem nenhuma condição a não ser arrependimento e batismo.
A segunda requer um contínuo esvaziamento de si mesmo, uma contínua operação da cruz de Cristo, um quebrantamento contínuo aceitando o governo de Deus.

Comunhão Com Deus

Comunhão Com Deus

Introdução

Este é um assunto ao qual não se pode dedicar simplesmente um ensino acadêmico. Não se aprende a orar ouvindo pregações - aprende-se orar, orando. E o zelo e constância na oração não vão nascer a partir de princípios aprendidos, mas do amor que dedicamos a Deus e da intensidade com que queremos cumprir a sua vontade e realizar a sua obra. Isto é o motor e o combustível. Os princípios vêem como um leme para direcionar este ímpeto.
É importante para compreender bem este estudo, e a leitura de todas as referências bíblicas citadas.
Um Chamado à Devoção
Ter comunhão com Deus é diferente de ter a vida de Deus. A vida de Cristo em nós é um fato (2Co 5.17; Cl 1.27; 3.4). Independe de qualquer esforço nosso e é produzida pelo Espirito Santo (Rm 8.9-11; Jo 1:13;3:6). A comunhão, por sua vez, é conquistada com diligência e esforço (1Co 9.23-27) "Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito , e para isto vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18). A Vida É Fruto Do Nascimento - A Comunhão, Do Relacionamento.
Se qualquer criança começar a espernear e negar que tem um pai , isto não muda o fato: ela é resultado da vontade e semente do pai (Jo 1:13). Um filho é a extensão da vida dos pais. Também é assim no mundo espiritual: nascemos de Deus, pela vontade de Deus, da semente de Deus (Jo 1.12, 13; 3.3-7; Tg 1.18; 1Pd 1.23; 1Jo 3.9). Somos filhos de Deus. Temos a vida de Deus. Contudo, o nosso conhecimento de Deus no sentido de experimentar a sua "boa, agradável e perfeita vontade" (1Pd 2.3; Rm 12.1,2), e a nossa capacidade de realizar a sua obra (Jo 4:34) vão depender diretamente do quanto nos relacionamos com Ele.
Nenhum filho de Deus é mais filho ou menos filho que outro. Mas, certamente irá conhecê-lo melhor e agradá-lo mais e melhor fará a sua vontade aquele que mais se aproximar d’Ele.
Um homem disse a Deus: "Senhor tu tens filhos prediletos; tens aqueles a quem preferes". O Senhor lhe respondeu: "Eu não prefiro uns mais que outros; alguns há que me preferem mais que outros". Esta é a tônica da comunhão. O que vai determinar a minha vida de oração não é o quanto eu sei sobre oração, mas o quanto eu amo o estar em oração, o quanto eu amo estar na presença do Pai. "Jesus perguntou a Pedro: amas-me mais do que estes outros? &ldots;apascenta os meus cordeiros" (Jo 21.15). O serviço de Pedro estava condicionado ao seu amor a Jesus.
O marido é uma só carne com sua esposa - isso é um fato. Mas, se for privado da presença da mulher, pouco proveito ele terá desta verdade; só fica a saudade e o vazio. Somos um só Espírito com o Senhor (1Co 6.17), mas quanto deixamos de usufruir desta verdade só por falta de relacionamento! O Senhor Jesus ama e preza a companhia de sua santa noiva. "Ele cobiça a sua formosura" (Sl 45.1,2,10,11). As Escrituras dizem que a oração do justo é o contentamento do Senhor (Pv 15.8). Ele ama a nossa presença e a deseja. Ousaremos amar e desejar menos a sua?
O salmista amava Jerusalém a ponto de preferi-la à sua maior alegria (Sl 137.5,6).Por que? Porque lá estava a casa de Deus - o Tabernáculo. E no Tabernáculo, a Arca da Aliança - presença e glória de Deus. (Sl 122; Sl 84.1-4,10). Como precisamos aprender esta lição: buscar sempre a Sua presença (Sl 27.8). Não apenas nas dificuldades e angustias (Is 26.16) mas, por reconhecimento e prazer (Is 26.8-9).
Uma Queixa de Deus: Ml 1:6,8,10,13 x Rm 12:1,2
Deus sentia-se desonrado quando lhe ofereciam o "resto" ao invés das primícias. Ele nos deu o que tinha de melhor: deu-se a Si mesmo em Cristo (2Co 5.19,21). Hoje não temos mais sacrifícios a oferecer, a não ser o nosso próprio corpo em "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Ofereçamos a Ele o melhor do nosso tempo e o melhor do nosso descanso. Nossas primícias(Ml 1.13).
Joseph Alleine, pastor do século XVII, tornou-se notório entre os seus contemporâneos pelo seu fervoroso amor a Deus e intensa compaixão pelos perdidos. Ele levantava-se, regularmente, para orar às 4:00 hs da manhã. Ficava muito magoado se ouvisse algum ferreiro, sapateiro ou negociante fazendo seus trabalhos antes que ele pudesse estar em oração diante do Senhor, então dizia: "Como este barulho me envergonha! Meu Senhor não merece mais do que o deles"? Era assim também com Davi: "De manhã, Senhor , ouves a minha voz&ldots;" (Sl 5.1-3). Davi tinha o seu prazer e "relax" na comunhão com Deus: "Nos muitos cuidados que dentro em mim se multiplicam, as tuas consolações Recreiam a minha alma" (Sl 94.19). Quão melhor recreio são as consolações do Senhor do que a TV!
Desenvolvendo a Comunhão
Qual a base para a comunhão e oração?
O sangue do Cordeiro (Hb 10.l9-23; 1Jo 2.1,2; Ef 1.7; 2.13)
As promessas do Senhor (2Co 2.19, 20; 2Pe 1.3-4)
A vontade do Senhor (1Jo 5.14-15)
Qual o Motivo da Oração? 1Jo 5.14
O cumprimento de Sua vontade. Deus revela a sua vontade ao homem. O homem ora a Deus. Deus responde a oração do homem e cumpre a Sua vontade. Isto fica muito claro no episódio do bezerro de ouro no êxodo de Israel (Ex 32.1-28). Deus viu toda a abominação praticada pelos filhos de Israel, e sua justiça exigia que fossem exterminados (Ez 18.4; Ex 32.38). Deus, contudo, queria preservá-los mas precisava de um intercessor (Ez 22.30). Então Ele levanta Moisés (Ex 32.7-10) enquanto este ainda não havia presenciado o quadro terrível e podia então enterceder (Ex 32.11-14). Deus sabia que Moisés não conseguiria interceder após ver a transgressão do povo (Ex 32.19,25-28).. Deus não pode fazer muito sem intercessão. A intercessão é o eco do querer de Deus (Is 59.16; 62.6-7; 64.7). O que intercede deve estar plenamente identificado com Deus. Ele deve estar pronto para ser a resposta da oração e, disposto ao sacrifício (Ex 32.32; Rm 9.1-3; 1Jo 3.16).
Os interesses do Senhor estão acima de nossas necessidades ou caprichos. Samuel, mesmo rejeitado pelo povo, não ficou com melindres. Buscou agradar a Deus e considerou como pecado deixar de orar pelo povo (1Sm 8.6-7;12.22-23). Jesus orou até ao sangue para que se cumprisse a vontade do Pai e não a sua (Lc 22.41-44)
Qual Deve Ser a Freqüência da Oração? 1Ts 5.2-7
A oração deve ser contínua. Além de um prazer é um dever (Lc 18.1). Paulo achava tempo para orar por muitas pessoas e igrejas em todas as suas orações (Rm 1.9-10; Fp 1.3-4; 1Ts 3.10; 2Tm 1.3). "Orai sem cessar". Esta era a prática de Paulo. Veja ainda: Ef 1.16; Cl 1.9; 1Ts 1.2-3; Fm 4. "Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança" (Ef 6.18).
Pelo o Quê Orar:
Pelo progresso do Reino de Deus: Mt 6.10:
Estratégia (Lc 6.12-13);
Propagação do evangelho: (Ef 6.17-19; Cl 4.2-4).
Por revelação: Ef 1.15-21; 3.14-21; Fp 1.9-11; Cl 1.9-12; Dn 10.1-3, 14.
Por santidade: 1Ts 3.12-13; Jo 17.17.
Livramento de tentações: Mt 6.13; Lc 22.31-32.
Autoridades: 1Tm 2.1-4.
Todos os homens: 1Tm 2.1.
Livramento de perigos: At. 12.5; Ed 8.23; Es 4.15-16.
Tudo o que nos perturba: 1Pe 5.7; Fp 4.6-7:
Pelos líderes: Ef 6.19; Hb 13.17-19.
Como Orar:
Com fé: Tg 1.6-7; Hb 11.6 (ver letra A, item 3).
Determinação e perseverança: Mt 7.7-11; Lc 18.1-8.
Descansando no cuidado de Deus: Mt 6.25-34;10.28-31.
Não dependendo de sentimentos: 1Co 1.8-11; Fp 4.11-13.
Com boa consciência: 1Tm 1.19; 2.8.
Em secreto: Mt 6.5-15.
Em grupos.
Onde Orar: 1Tm 2.8
Em todo lugar. Há lugares mais próprios e lugares menos próprios, mas não há nenhum lugar que impossibilite a oração (1Ts 5.17; Ef 5.19-20).
As Ciladas do Diabo: 2Co 2.11
Todos dizem que o diabo tenta impedir uma vida constante de oração, e é verdade. Como ele age? Produzindo desânimo, roubando o senso de necessidade e urgência, invertendo as prioridades, criando muitas atividades, etc. Além disso cria impecilhos externos como doenças, acidentes, problemas, aborrecimentos, etc&ldots; (1Ts 2.18). Temos que removê-lo do nosso caminho perseverando em oração (Dn 10.12-14).
Jesus o Nosso Exemplo
Devemos buscar ser parecidos com Jesus também na oração (1Jo 2.6). Jesus não ensinou muito sobre a oração, ensinou a orar com o seu exemplo. Os discípulos foram tremendamente impactados com a vida de oração de Jesus. E, de tal modo isto os marcou, que quando no futuro, as atividades administrativas da igreja aumentaram, os apóstolos estabeleceram diáconos para que eles estivessem livres para o trabalho principal: dedicar-se a oração (At .6.4). Não aprenderam isto só com o "Pai Nosso", mas sim com o que viram "&ldots;em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, se não somente aquilo que vir fazer o Pai&ldots;" (Jo 5.19). Temos filhos a nos observar.
Exemplos de oração na vida de Jesus:
Buscando orientação para o seu ministério: Mc 1.35-39;
A escolha estratégica dos doze: Lc 6.12-13;
Oração como algo comum na sua vida: Mt 14.22.25.
Em Atos 10.38 diz que Jesus foi ungido com o Espírito Santo e poder. No seu ministério, vemos como pela oração, Ele desenvolveu e dinamizou esta unção.
Qual o Fruto da Oração?
Temor a Deus: Is 11.1-2;
Espírito quebrantado: 2Cr 7:14-15; Is 57.15;
Conhecimento de Deus: Is 6.1-4;
Conhecimento do nosso próprio coração: Is 6.5-7;
Ações de graça e tranqüilidade: Fp 4.6-7;
Linguagem sadia;
Serviço;
Intrepidez e poder: At 4.31
Dons: 1Co 12.31.
Conclusão
Na verdade, "pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa": estar aos pés do Senhor (Lc 10.38-42).
"Ora, o Senhor conduza os vossos corações ao amor de Deus e à constância de Cristo" 2Ts 3.5.

Espírito, Alma e Corpo

Espírito, Alma e Corpo

Este estudo é importante para compreendermos como o ser humano é formado e conhecermos sua estrutura.
I Ts 5:23"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. "
O ser humano é tripartido. Todo homem é espírito alma e corpo. O corpo é diferente da alma e a alma é diferente do espírito. ( diferente do Espírito Santo )
O homem é um espírito que tem uma alma e habita num corpo.
Espírito humano: Ponto de contato com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. ( Ef 2:22 Jo 4:24 )
Alma : É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo.
Áreas da alma
Mente : Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.
Vontade : Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
Emoções : Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
(A alma do homem é singular)
Corpo : Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior.( ex.: Os cinco sentidos, fala, audição, visão, oufato, tato. )
Homem comparado ao Tabernáculo de Deus
I Co 3:16
"Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?"
Criação e queda do homem
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. O criou para ter comunhão com ele. Adão antes da queda era um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas era governado pelo espírito.

Homem criado a semelhança de Deus. Tinha comunhão com Deus em espírito que governava sua alma , que por sua vez governava o corpo.
O homem era um ser governado pelo espírito
Após a queda o espírito do homem morreu para Deus e o homem perdeu a comunhão com Ele.
O homem passou a ser governado pela sua alma.
A Salvação
Salvação => Cura Completa ( 3 fases )
1) Justificação do espírito
Livra-me da culpa do pecado. É o inicio da caminhada.
Quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus), ele morreu espiritualmente. O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por causa da culpa do pecado. Gn 3:7-10
O problema da culpa só tem duas soluções : É paga ou perdoada.
O homem por si só não pode justificar-se diante de Deus e remir sua culpa.
Deus é perfeitamente santo, puro, justo e qualquer erro, por menor que seja, qualquer pensamento impuro, qualquer deslize , para ele é uma ofensa terrível
Mas pela sua misericórdia e amor Ele enviou Jesus, que foi perfeito, puro, justo, santo, não cometeu nenhum pecado e por isso foi oferecido como sacrifício pelos nossos pecados, nos perdoando e livrando de toda culpa. Podemos agora Ter comunhão com Deus livremente.
Aqui começa o drama do homem, ou ele aceita o perdão de Deus através de Jesus Cristo, ou ele vai tentar achar alguma forma de remir esse sentimento.
( religiosidade, obras, autopunição )
Religião => forma do homem tentar aplacar a ira de Deus.
Recebemos o perdão pela graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo. Mas muitas pessoas não aceitam ser salvas sem que tenham que fazer algo.A graça de Deus é uma afronta ao seu orgulho do homem.
O novo nascimento, a obra de Jesus por nós , vivifíca o nosso espírito e podemos novamente ter comunhão com Deus. Ef 2:1 Jo 1:12-13
2) Santificação da alma
Cura das lembranças e emoções, vontade ajustada com a vontade de Deus. Imprime em nós o caráter de Cristo ( caminhar por fé e não por sentimentos ).
Deus cura nosso espírito nos dá tudo que precisamos para ter uma vida santa e reta em perfeirta comunhão com Ele (um novo espírito, uma nova vida ). II Pe 1:3
Em que nós enroscamos então ?
Nas enfermidades da alma causadas pelo pecado ( independência de Deus ) em nossa mente, vontade e emoções .
Nossa alma ( mente, vontade e emoções ) foi afetada pelo pecado e também precisa de cura
Quando nos convertemos Deus, através de sua Palavra, começa uma limpeza em nosso interior, em nossa alma.
Lc 21:19 - Ganhareis vossa almas
I Pe 1:9 - Objetivo: Salvação da alma ( cura )
I Pe 1:22 - Purificação da alma ( mente, vontade e emoções )
O Espírito é vivificado para que a partir daí comece a santificação da alma.
Fp 1:6 - Aquele que começou a boa obra...
Qual é esta obra ?
A Santificação da alma ( cura da alma )
Consiste no operar diário da cruz de Cristo em nossas vidas.
Cruz : quando a vontade de Deus entra enchoque com a minha vontade e eu escolho fazer a vontade de Deus.
Mt 11:28-29
"Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas."
3) Glorificação do corpo
O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um novo corpo, semelhante ao de Cristo depois de ressurreto. I Co 15:51-52

domingo, 17 de agosto de 2008

O Fundamento de Deus

O Fundamento de Deus
1) JESUS CRISTO, A REVELAÇÃO DE DEUS: Jesus Cristo, o filho de Deus, é a revelação de Deus, a Palavra, ( o Verbo ) de Deus para todos os homens. (Jo1:9 Hb1:1-2)
2) A PALAVRA, ELEMENTO CHAVE: Jesus ensinou a vontade de Deus e revelou a verdade através de suas palavras. O elemento que ele usou para comunicar vida, foi a Palavra. (Jo12:44-50)
3) ÚNICO CANAL ESCOLHIDO, DOZE HOMENS: Ele comunicou esta revelação especialmente a doze homens, seus apóstolos. Não temos outra fonte original e fidedigna de informação acerca de Jesus além dos doze apóstolos (Jo17:8).
4) OBRA DO ESPÍRITO SANTO: Jesus confiou na obra posterior do espírito Santo para recorda, revelar, ensinar e guiar em toda verdade (Jo14:26;16:12-15)
5) RESPONSABILIDADE DOS DOZE: Depois da sua ressurreição, Jesus ordenou a Seus apóstolos que, uma vez recebido o Espírito Santo, fizessem discípulos de todas as nações, pregando, batizando todos os que cressem e ensinando-os a guardar todas as coisas que Ele ordenou (Mt28:18-20).
6) REVELAÇÃO CONCLUÍDA DOS FATOS ESSENCIAIS: Depois de um período, o Espírito Santo completou a revelação fundamental dada aos apóstolos, especialmente quanto ao ministério de Cristo. Houve um período de transição até o esclarecimento definitivo (Ef1:8-9;3:5,9 At20:27)
7) PONTO CHAVE - O FUNDAMENTO ÚNICO E UNIVERSAL: Eles indicaram o fundamento de Deus para a Igreja. Como a Igreja é a mesma em todo lugar e em todo tempo, desde então, e até a volta de Cristo, o fundamento que eles mostraram é o mesmo sempre (Ef2:20 1Co3:10-11)
8) NÃO SE ADMINTEM MODIFICAÇÕES: Esse fundamento não deve ser corrigido, modificado ou contradito posteriormente, ainda quando aprofundado em seu significado (1Co3:11 Gl1:6-9).
9) REITERAÇÕES E CORREÇÕES: As epístolas dos últimos anos eram reiterações sobre as verdades já ensinadas, ou correções de desvios como Ap 2:4-5, 14,15,20;3:2-3, o que comprova que não havia coisas novas continuamente (2Pe1:12-15 1Jo2:7-9 Jd 17)
10) DESVIOS HISTÓRICOS: Através dos séculos este fundamento foi modificado, aplicado, trocado, ignorado e esquecido em muitos aspectos. A história da Igreja testifica isto.
11) RESTAURAÇÃO DA IGREJA: Há vários séculos Deus começou a operar dando luz sobre alguns aspectos da antiga verdade. Agora, Deus acelera a restauração total da Igreja:
a) Não dando parte da verdade, mas restaurando o quadro total da verdade.
b) Não um avivamento isolado e local, mas no mundo todo.
c) Não enfatizando a definição de simples conceitos teóricos, mas o surgimento de um novo povo.
"O Importante não é o mero anunciar da palavra, mas a experiência e encarnação da verdade."
Perseverar no Senhor

"E não somente isso, mas também gloriemo-nos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a perseverança, e a perseverança a experiência, e a experiência a esperança; e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." Rm 5:3-5
Este texto mostra que devemos nos alegrar quando passamos por tribulações, pois elas dão início a uma seqüência que renova em nós a esperança da glória de Deus.
Quando estamos no Senhor e as tribulações vem sobre nós, o Espírito Santo produz em nós perseverança, ou seja , a capacitação para permanecermos firmes no Senhor a toda prova.
Quando perseveramos em meio a tribulação é produzida a experiência. Esta não é uma experiência circunstancial da qual se diz: " Ah.... Já passei por isso, agora posso aconselhar outros." , mas sim uma experiência com o Senhor. Veremos o seu poder operando em nosso favor, nos dando paz, consolo, edificação, provisão, vitória, etc.
Quando experimentamos do Senhor e meio a tribulação a nossa esperança se renova, somos edificados e podemos, cheios do Espírito Santo, ir adiante no caminho.
TRIBULAÇÃO - PERSEVERANÇA - EXPERIÊNCIA - ESPERANÇA
Isto ocorre sempre em nossa vidas. Por isso Paulo nos diz que a tribulação produz em nós eterno peso de glória.
Este princípio na vida da Igreja
Aqui descobrimos também um princípio tremendo, que operava profundamente na vida da igreja primitiva. ( e por ser princípio, opera ainda hoje )
A Igreja que vemos na bíblia era cheia de esperança, cheia de experiências com o Senhor e cheia do Espírito Santo ( fruto e dons ).
O Sobrenatural operava freqüentemente na vida deles:
Pedro e João na porta Formosa - At 3:1-9
O tremor no templo - At 4:31
Enfermos eram curados - At 5:12-16
Um anjo liberta Pedro e João - At 5:18-20
Pedro é solto milagrosamente - At 12:5-11
Filipe é trasladado - At 8:39-40
Paulo e Silas soltos dos grilhões - At 16:25-26
E muitas outras situações onde experimentavam do poder de Deus
Mas também era uma igreja muito perseguida. Ser cristão era caso de morte.
At 8:1"Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e da Samária."
At 12:1-3"Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, continuou"
( E muitos outros... )
Era perseguição mesmo :
Precisavam se reunir escondidos
Os soldados entravam pelas casas prendendo os irmãos.
Eram mortos pela espada, esquartejados, enforcados, jogados em óleo fervendo, iam para a arena dos leões, etc.
Agora vem a pergunta: Qual a ligação entre estas duas características da igreja ?
A resposta está exatamente no princípio do qual estamos falando:
=> Eles perseveravam em tudo no Senhor!
Vemos então o princípio de Rm 5:3-5 sendo aplicado na vida da Igreja.
Perseverar significa permanecer firme
Assim vemos em Mt 7:24-25 o melhor exemplo de perseverança.
=> A casa sobre a Rocha é a figura da perseverança
Vieram os ventos , as águas , mas ela permaneceu firme, pois estava edificada sobre a Rocha.
Esta atitude era notória na igreja primitiva :
At 2:40-42"E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações."
Vemos então que perseverar é permanecer em Cristo e isto é uma ligação fundamental para experimentarmos Jesus em nossas vidas.
Em que eles perseveravam ?
Na doutrina dos apóstolos
Nos ensinamentos dos apóstolos ( At 5:42 )
Nas bases do que eles criam, nos fundamentos ( Hb 6:1-2 )
Não negavam nem questionavam os ensinamentos, mas procuravam aprender, se dedicavam ao estudo da palavra , compreender as verdades de Deus, oravam a respeito. ( At 6:4 )
E assim, porque eles perseveravam na doutrina, o Espírito Santo lhes proporcionava revelação da Palavra e experiência , de modo que o plano de Deus para eles era simples e claro.
Na comunhão
"Era um o coração e a alma dos que criam" ( At 4:31 )
Estavam sempre juntos, reunidos nas casas e no templo ( do lado de fora ).
Dependiam uns dos outros, havia um relacionamento intenso entre os discípulos.
Comiam juntos, freqüentavam as casas uns dos outros, amavam uns aos outros, oravam uns pelos outros.
Eles se dedicavam a isso, se empenhavam nisso, e o Espírito Santo enriquecia os relacionamentos produzindo experiências tremendas como a de Pedro que foi libertado da prisão e imediatamente procurou os irmão que oravam por ele. ( At 12:12-17 )
No partir do pão
Isto não significa somente que eles comiam juntos, mas que repartiam tudo o que tinham.
Ninguém passava fome, ninguém era rico ou pobre ( tinham tudo em comum )
Ninguém considerava seu aquilo que possuía, mas do Senhor.
E a Palavra nos mostra que eles perseveravam também nesta questão e o Senhor cuidava de todos , de modo que não havia necessitados entre eles. (At4:31-37)
Nas orações
Como precisamos aprender com eles esta questão da oração. A vida de oração, a necessidade de oração.
Parece que eles estavam sempre orando.
Após se converter, Paulo se pôs em oração - At 9:11
Cornélio estava orando e o Senhor enviou Pedro - At 10:30
Pedro estava orando e teve visão do lençol - At 10:9
Oravam em todo lugar - At 16:3
Oravam para que as pessoas recebessem o Espírito Santo - At 8:14-15
Oravam antes de enviar os apóstolos - At 13:2-3
Aqui não estamos falando de orar eventualmente, ou quando aparece uma situação difícil, estamos falando de vida de oração.
Orar pedindo, orar agradecendo, orar para conhecer a vontade de Deus, ora r para ser cheio do Espírito. ( isto é se entregar a Deus em oração )
Como conseqüência disso o Espírito Santo operava sinais e prodígios através deles, concedia revelação, entendimento, profecias, curas, livramento, provisão e tudo mais.
Tribulação - Perseverança - Experiência (com Jesus) - Esperança
O Capítulo 29 do livro de atos está sendo escrito em nossos dias. Precisamos do Seu poder capacitando a igreja para toda boa obra.
Considerações a respeito do movimento G12

Introdução
Neste ano de 2000, nós. Mário e Marcos, nos sentimos compelidos pelo Senhor a examinar mais atentamente este movimento que muitos irmãos chamam de "G12", outros "Modelo dos 12" e ainda outros, simplesmente a "visão". Neste escrito, usaremos a designação "o movimento".
Desde que ouvimos falar pela primeira vez do referido movimento, passamos por três etapas distintas com formas e posturas de avaliação diferentes.
Inicialmente pensamos assim: "isto é mais uma onda evangélica". Pensamos assim, porque consideramos que a igreja evangélica em geral tem uma forte tendência a andar saltando de novidade em novidade, buscando aqui e acolá, mensagens, formas e fórmulas, em seu intento por manter e incrementar a sua membresia. Fato este que com o passar dos anos nos fez consideravelmente céticos em relação a todas estas "febres" e "correntes".
Depois de um tempo, ouvindo mais atentamente as coisas que estavam ocorrendo, não apenas por seu volume em números, mas principalmente pelo caráter das coisas que ouvimos, passamos a considerar que o movimento era genuinamente divino. Consideramos assim: "Isto é uma benção de Deus para a igreja evangélica em geral, mas nós já conhecemos e vivemos os princípios básicos que regem o movimento e não necessitamos captar algo dele para nosso ministério".
Mas neste ano, em razão de o movimento ter se alastrado tanto, e de ter amigos chegados e gente de confiança nossa se envolvendo com ele, sentimos como que uma pressão por parte do Senhor por examina-lo mais atentamente.
Nosso coração: Sabemos muito bem a malignidade que há na crítica exacerbada e, sobretudo desinformada. Nós mesmos temos sido alvo de muitas calúnias e sabemos como pessoas são afastadas da possibilidade de serem abençoadas em função destas. Portanto, nos prontificamos diante do Senhor a buscar sabedoria nele e capacitação no amor de Jesus para julgar segundo ele, sem disputas e competições movendo nosso coração.
Nossa investigação: Por um período de três meses nos dedicamos a orar ao Senhor e a ouvir atentamente pastores muito amigos, entre eles alguns que estão sob o nosso próprio ministério, e muita gente que esteve envolvida com o movimento, participando dos chamados "encontros" e até mesmo realizando-os em suas congregações. No último mês (julho), dedicamos dois dias da semana à oração, ao jejum e a análise de todo material que nos chegou às mãos. Recebemos informações de outras cidades, um de nossos líderes foi ao encontro em São Paulo no Ibirapuera, e até mesmo fomos procurar a opinião de irmãos que tem exercido apostolado sobre nossas vidas. Estes, já tinham por sua vez, informações e análises semelhante, feitas por outros irmãos do Brasil.
Nossa conclusão, não definitiva porque, não somos nem donos da verdade, nem incapazes de seguir ouvindo a Deus, vai a seguir, com a exposição de cinco constatações que fizemos em nossa análise do movimento.
1. Há no movimento elementos claramente divinos aos quais não temos atentado ou, nem mesmo percebido.
O kerigma (proclamação) de Cristo, que nós temos dividido em kerigma para conversão (na porta do reino – At 2.22-36) e kerigma de edificação (para o já convertido – Rm 3 a 8; Ef 1 a 3, etc.), é dado nos chamados encontros de uma forma intensa. Ou seja, aquilo que consideramos como kerigma de edificação, é dado logo na conversão da pessoa, e até mesmo na pregação para que ela se converta. Isto nos parece bíblico e importante, pois encontramos esses elementos na pregação de Jesus, principalmente no evangelho de João (ver Jo 6.56-57; 7.37-39; 10.10 e outros).
Também nos encontros, que hipoteticamente é feito para novos convertidos, ou para que as pessoas se convertam, há uma intensa confrontação com os pecados da pessoa, procurando leva-lo a considerar sua condição, sua vida de ofensa a Deus, e sua absoluta necessidade de perdão e reconciliação. Nós, historicamente, por considerarmos a realidade do "O PECADO", que é a rebelião e a independência do homem, buscando enfaticamente esclarecer o arrependimento como mudança de atitude interior, não temos dado a devida atenção a este tipo de confrontação. Procuramos mostras às pessoas a sua rebelião e necessidade de arrependimento, mas falamos pouco de seus pecados práticos e sua miserável condição diante de Deus, com a sua justa condenação, para que ela busque e se deleite no perdão de Deus.
Um elemento muito interessante a considerar, é que o sacerdócio dos santos e seu serviço de fazer discípulos, são apoiados por uma programação de encontros que vai fazer toda uma "repregação" do evangelho. Ou seja, o novo convertido não vai ser alcançado apenas pelo trabalho daquele que o evangeliza (como nós temos feito). Há uma mobilização dos santos para fazer discípulos, mas também há um trabalho paralelo de alta intensidade (risco: que a conversão acabe se dando sempre nesses encontros e não no ministério diário dos irmãos: benefício: diminui a quantidade de conversões por assim dizer débeis, em razão de que alguns são deficientes em sua pregação). Cremos que este é um elemento que devemos analisar com maior cuidado e atenção.
Somos gratos a Deus e aos irmãos por podermos observar estas coisas. Somos gratos a Cristo pelo seu corpo que é a igreja. Nós nos alegramos por poder estar aprendendo com estes irmãos.
2. Há também elementos divinos que nós conhecemos em teoria, mas que estes irmãos os têm praticado de forma mais intensa.
A oração: Estamos impressionados e animados com o que temos ouvido a respeito da intensidade de oração entre aqueles que se envolvem com o movimento. Esta percepção tem nos contagiado e nos renovado nesta prática. Já desde antes de ter contato com o movimento, estávamos sendo sacudidos por Deus neste sentido, não apenas quanto à necessidade de ter maior disciplina e separar tempo mais definido para isto, mas principalmente quanto à questão do "andar no Espírito" e o "orar sem cessar". Os testemunhos que temos conhecido e ouvido nos tem servido de exemplo e de ânimo.
O jejum: Eis uma prática que tivemos com boa intensidade no passado, mas que com o tempo foi quase que praticamente abandonada. O contato com o movimento nos despertou para voltarmos a ela. Já começamos a colher os benefícios disto.
3. Há elementos divinos que nós não apenas conhecemos, mas consideramos que nossa prática vai bastante além daquela que temos visto no movimento.
Uma visão do sacerdócio de todos os santos
Trabalho em grupos pequenos e nas casas
Fazer discípulos e não juntar gente de qualquer forma
Discipulado pelo relacionamento e exemplo e não como uma classe de estudos
Discipulado com aplicação das escrituras às necessidades práticas do discípulo.
Formação de líderes segundo o padrão e a forma do novo testamento.
Muitos outros semelhantes. Não comentamos estes pontos com maior detalhe porque aquilo que nós já sabemos e vivemos não é o que mais nos interessa comentar, mas sim aquilo que temos que aprender.
È necessário ressaltar que a comparação que fazemos diz respeito ao que temos visto em geral no Brasil, pois até o momento não estivemos em Bogotá, embora tenhamos recebido informes da parte de gente que vive lá e que faz uma análise semelhante à nossa.
4. Há ainda elementos que consideramos que não são divinos, mas sim humanos e até mesmo carnais.
Primeiramente falamos daqueles elementos que consideramos que sejam de responsabilidade da própria liderança, e por ela criados ou por ela permitidos.
Aceitação do culto à personalidade. Este é um ranço humano habitual no meio evangélico, onde a expressão "a glória é para Jesus", é apenas um chavão. Sem a devida correção do hábito, esta expressão não passa de pretensa humildade e acaba se tornando, para os incautos, em mais um fator de admiração pessoal. Discípulos que estão com seu coração humilhado e desejosos de ver toda a glória para Jesus, abominam estas licenças. Isto se manifestou de forma escandalosa no encontro em São Paulo em julho/2000
Os livros do movimento contêm alguns elementos que não podemos aceitar. O primeiro é a motivação calcada no sucesso pessoal. Cremos que produzirá muito efeito, e fará muita gente trabalhar e produzir, mas não cremos que seja de acordo com o coração de Deus.
Há um outro elemento que vimos nos livros e que consideramos mais danoso e perigoso que o anterior. É um forte componente messiânico. O autor claramente fez um ótimo trabalho de compilação. Ele mesmo dá o crédito por ter aprendido muitas coisas com outros. E não cremos que foram poucos. Muitos dos princípios apresentados em seus livros são conhecidos e praticados por muita gente há muitos anos. Se ele captou bem e aplicou melhor algumas coisas, isto não o qualifica como o proclamador final da visão. Não adianta querer ensinar os irmãos a não serem arrogantes se achando donos da verdade, se a proposta contém tal dose de messianismo e presunção. O livro "Liderança de sucesso através dos 12" dá uma idéia de que o "modelo dos 12" é "A VISÃO" de Deus. Ou seja, o autor absorveu princípios, definiu um método sobre estes princípios, e agora propaga o seu método como se este fosse a única forma de praticar estes princípios. Cristalizou aquilo que chama de visão. E pior, deixa a entender que ele é o pai dela. A visão não pode ser um método estático. Um cristão que tem visão é aquele que conhece o coração de Deus, sua mente e seu propósito. Juntamente com isto deve conhecer também a sabedoria de Jesus em fazer a obra do Pai. Ele vai absorver do ministério de Jesus os princípios que entender que são absolutos, mas nunca vai absolutizar métodos e práticas. Sabemos que o autor tem insistido em dizer que os irmãos devem receber princípios, e aplaudimos isto, mas não é isto o que vemos no seu livro. Melhor do que pretender ter a palavra final sobre o assunto seria se manter em contato com aqueles que têm uma prática semelhante e buscar a cooperação mútua, para juntos seguirem aprendendo de Deus, uns com os outros, sem nunca cristalizar. Isto é a igreja. Um corpo vivo. A cristalização, infelizmente tem sido a tendência mais forte dos movimentos dados por Deus. Com ela se perde muito daquilo que o espírito Santo quer fazer.
Este messianismo se manifesta não apenas em livros, mas também em manifestações públicas como no encontro em São Paulo em julho de 2000. Nas mensagens e nas músicas há uma forte ênfase de que esta é a visão de Deus de multiplicação para a igreja para os últimos dias. Quem quiser estar na benção e se multiplicar, tem que estar nesta visão (se referindo ao modelo dos 12). Frase dita no encontro: "Este modelo vai ser o modelo que o mundo inteiro vai abraçar, porque é integral. Foi o que Deus me disse". Pergunta: Algo tão importante, Deus iria revelar somente a um homem? A história da igreja mostra que toda vez que um grupo se coloca neste espírito messiânico, este mesmo grupo se sente intocável e incontestável, não fazendo aferição na caminhada e nem se submetendo a outros ministérios. Este parágrafo (iv), foi retirado de uma análise feita por irmãos de São Paulo que foram ao referido encontro. Eles também apontaram como polêmicos os seguintes fatos: (1) A idéia de "clonar" o modelo sem adaptar – (2) A idéia de que o encontro produz santificação instantânea – (3) Ênfase desmedida no número 12 – (4) A pretensão de formar líderes em 9 meses.
Outro elemento questionável é, a sobrevalorização dos números. Não sabemos se em Bogotá é assim, mas aqui no Brasil está sendo. Não que não creiamos em multiplicação, mas o enfoque bíblico é diferente daquele que temos observado. Se não vejamos.
O fator número se torna mais importante do que fator vida. É super valorizado porque é o que dá status e reconhecimento ao pastor.
Conhecemos o testemunho de um irmão que está há anos em uma congregação que pratica o chamado modelo dos 12. Este mesmo irmão, ao estar com uma igreja em outra cidade, que procura viver os princípios do reino de Deus e fazer discípulos, e ao ver a efetividade do relacionamento e o amor e santidade dos irmãos, mostrou-se surpreso e perguntou se em sua cidade não havia um trabalho semelhante para que pudesse participar. Ele disse que a igreja onde está "se tornou uma massa de gente sem relacionamento, sem vínculos e sem pastoreio das vidas".
Há também, outros elementos negativos que não sabemos até que ponto são de responsabilidade da liderança, ou se apenas da liderança do movimento no Brasil, ou se dos pastores que os seguem.
Muitos pastores no Brasil não estão captando uma visão integral, mas apenas entusiasmados com o encontro. São pastores que sempre enxergaram uma forma massiva de fazer a obra, e descobriram no movimento uma novidade quanto à forma de fazer as reuniões. Conhecemos alguns que antigamente até tentaram fazer discípulos, mas quando sentiram como "relacionamento e ensino pelo exemplo" demandava uma dedicação, tempo e inteireza de propósito maior do que a que tinham, logo desistiram. Muitos destes estão abraçando aquilo que sempre foi muito peculiar ao seu ministério. Ou seja: reuniões, muita gente, púlpito, pregações, etc., e nunca vão sair disto.
Muitos que estão captando uma visão mais ampla estão abraçando não uma visão, mas um sistema. Infelizmente muita gente não sabe a diferença entre estes dois. A primeira é dinâmica, flexível e requer constante guia do Espírito Santo. O segundo é estático, fechado e baseado mais em fórmulas e manuais do que na orientação divina.
Algumas doutrinas ou ensinamentos não foram devidamente avaliados e requerem maior cuidado. Uma das ênfases do encontro é a "cura interior". O ensino contém um pacote de verdades importantíssimas (como a confissão de pecados e a liberação de qualquer forma de amargura através do perdão) misturados com outros ingredientes que deveriam ser mais bem analisados à luz da Palavra de Deus (como maldições, operação demoníaca, etc.).
Nos encontros no Brasil, há muita técnica psicológica e procura-se mexer muito com a alma, as emoções. Tudo é feito com muita manivela.
Apontar estes problemas, não significa que desconsideramos o movimento como um todo. Pelo contrário, seguimos crendo que a mão de Deus tem estado por trás dele, nos alegramos com os frutos que estão sendo produzidos e queremos incentivar aqueles que têm descoberto mais de Deus neste movimento a prosseguirem. Certamente este movimento traz à igreja evangélica muito mais de Deus do que ela em geral tem experimentado.
5. Por fim, queremos dizer algo sobre alguns elementos divinos fundamentais que nos parecem estar faltando no movimento.
Um movimento que pretenda estar restaurando uma visão de fazer discípulos necessita fundamentalmente de que este discipulado comece na vida dos pastores. Há centenas de pastores que nunca foram pastoreados, ensinados, amados, acompanhados, compreendidos, repreendidos. Por isso sofrem todo tipo de circunstâncias desabonadoras, condutas impróprias, faltas de caráter, desagregação das famílias, vaidades, descumprimento, deslealdades, maledicências, iras, divisões carnais, competições infantis, mau uso de autoridade, autoritarismo, frouxidão, permissividade, instabilidade de propósitos, etc., etc. Antes que possam fazer discípulos necessitam eles mesmos serem discipulados. E isto não se faz da noite para o dia. Cremos que as bases do movimento entendem e querem isto, mas isto requer a restauração de um verdadeiro ministério apostólico que se constitua em um real pastoreio de pastores. Obviamente o movimento cresceu muito rápido no Brasil e não houve tempo para o surgimento destes vínculos. Como resultado, há centenas de pastores que vão querer fazer discípulos sem serem cuidados por outros e vão se reproduzir segundo a sua própria espécie.
Cremos que também falta ao movimento aquela realidade fundamental para a restauração da igreja: uma clara visão do propósito eterno de Deus. No livro do Castellanos a definição do propósito de Deus não está clara e nos parece que está muito aquém daquilo que o Senhor nos tem revelado. Obviamente, isto é um dos fatores que provoca os elementos carnais citados acima.
Conclusão final
Muitos amigos têm nos perguntado se nós pretendemos "adotar" a visão. Se agora vamos aplicar o "modelo dos 12". Pensamos que nossa postura pode ser compreendida pelo que escrevemos acima e pelo que segue:
Entendemos, como descrevemos no terceiro ponto, que a maior parte dos princípios que regem o movimento, nós os conhecemos e os praticamos há muitos anos. Não necessitamos, para vivê-los, incorporar um sistema ou adotar uma metodologia. Em todos estes anos temos nos esforçado para não implantar um "sistema" nosso a fim de poder continuar sendo guiados pelo Espírito Santo. Temos tido este cuidado em nosso ministério extralocal velando para que os irmãos realmente recebam princípios e não um sistema que usamos em nossa cidade. Acompanhamos estas igrejas com muito cuidado, buscando que esta seja a realidade deles. Acompanhamos os passos da transição e a implantação de igrejas nas casas, cuidando para que cada um descubra as nuances de cada localidade. Nunca escrevemos um manual para isto. Sempre optamos pelo acompanhamento pessoal ainda que este seja muito aquém do que gostaríamos. Nunca quisemos exportar um sistema e não será agora que vamos importá-lo.
Analisar o movimento com todo cuidado e oração, foi muito útil para nós, como dissemos no primeiro e no segundo ponto.
Queremos se possível nos manter em contato com o movimento para aprender e se possível cooperar.
É verdade que o movimento nos chama a atenção pelo resultado em números, mas não somos tomados pela febre do "esta é a fórmula" que acomete a muitos. Na maioria dos casos que temos conhecido, ainda que haja uma viva manifestação de espiritualidade, desejo de oração e pregação do evangelho, permanece uma fraca visão de santificação. Há uma pregação de santidade, mas não há modelos e não há ensino claro. Muitos jovens "fazem o encontro" e saem cheios de fervor, mas seguem com suas impurezas, seus namoros, etc. Estas coisas nunca vão ser devidamente ensinadas com pré-encontros, encontros e pós-encontros. Não há uma maneira rápida de fazer a obra de Deus. Fazer discípulos requer primeiramente discípulos que sejam modelo. Em segundo lugar requer tempo, dedicação, oração, sofrimento, dores de parto e novamente tempo. Não há fórmula que elimine isto. Os evangélicos estão sempre atrás disso. A busca frenética pelo crescimento rápido vai sempre resultar em massificação sem santidade. Alguns estão entusiasmados com "fazer discípulos" mas nunca fizeram. Vão querer fazer discípulos mantendo muito dos velhos paradigmas e vão ter muito sucesso (em números) e frustrações quanto à qualidade.
Ainda que não na mesma intensidade, temos multiplicado discípulos em nossa cidade e muitas outras do Brasil. Confiamos que o Senhor vai nos levar adiante.
As coisas que temos aprendido com estes irmãos vão cooperar com isto. Se eles não fossem tão ciosos daquilo que estão praticando, bem que poderíamos cooperar com eles também, pois o corpo é de Cristo. Mas nem todos têm este entendimento.

Mário Roberto Fagundes e Marcos Sieburger de Moraes.
Salvador, agosto de 2000.
A Besta e o Sistema Mundial x O Reino de Deus

O livro do Apocalipse apresenta uma visão clara da batalha entre o reino das trevas, que é protagonizado pelo dragão, a besta e o falso profeta, e o reino da luz.- Ap. 13; 14:9-12; 16:13-16; 17:7-13; 19:17-20; 20:4, 10. Muitos têm discutido sobre o fato de o Apocalipse ser um livro escrito para os judeus, ou simples ser uma descrição das coisas que ainda vão acontecer.
Sem dúvida, que o Apocalipse tem que Ter um significado para os primeiros leitores, dando-lhes uma visão de vitória parcial sobre as circunstâncias reinantes, não obstante tratar também da vitória final do evangelho sobre as forças do mal.
O objetivo aqui não é fazer um estudo pormenorizado do Apocalipse, mas sim mostrar que as forças operantes do mal fazem parte do sistema mundial que segue em crescente evolução, do qual a besta é a figura final com suas artimanhas.
De fato, ela não criará nada novo, nem tão pouco trará mudanças súbitas. Na realidade, essas mudanças já vem se processando. Todo sistema mundial caminha para sua consumação no governo mundial que há de ser revelado. Por isso, cabe a nós redobrar a atenção e consagrar nossas vidas ao senhorio ou governo do Senhor.
A BESTA E O PRÍNCIPE DESTE MUNDO (João 12:31, 16:11)
Jesus descreve Satanás como príncipe deste mundo. Isto significa que ele é quem controla os valores mundiais. Desde a queda do homem, no momento em que decidiu obedecer as ordens de Satanás, ele seu tornou seu súdito. A terra que até então fora dada ao homem (Sl. 115:16), agora passa a pertencer a Satanás.
A BESTA E O DEUS DESTE SÉCULO (II Co 4:4)
Paulo se refere a um domínio que há neste mundo, mas a referência aqui está posto sobre os valores interiores. Não há somente um domínio físico ou político, mas há sobretudo um domínio moral, espiritual. O pensamento reinante é dominado pelo deus deste século.
Quando em Romanos 12:1,2 somos desafiados a não nos conformar com este século, a idéia é com os valores deste século ou com os pensamento seculares existentes. Na verdade, há um pano de fundo, uma preparação para quando a besta se manifestar estes valores sejam os dominantes. Então, o normal serão estes valores, enquanto os valores de Deus serão estranhos, ultrapassados, caducos e por isto mesmo, devem ser combatidos.
SOBRE QUE VALORES A BESTA SE FIRMARÁ
O principal deles é o humanismo. O humanismo é um subproduto do egoísmo ou da independência, que é a raiz do pecado. Ele se caracteriza pela busca da felicidade, do prazer. Este é o seu alvo – o homem para o homem, o homem é o centro.
Um subproduto do humanismo é o consumismo. Cada vez mais estamos insaciáveis – queremos mais e mais. Mal acabamos de comprar algo e a tecnologia a torna ultrapassada. Por isto nos individamos, e vendemos nossos principais valores de honra e moral. Ter é o alvo (Pv. 30:15). É interessante notar, que uma das características da besta é o controle do comércio (Ap.13:16,17). O antônimo disto é a vida simples do Reino de Deus.
Um outro derivado do humanismo é a inversão de valores. Já não se sabe bem o que é moral e o que não é. O que há poucos anos eram correto hoje é ultrapassado. Vemos isto na família, nas relações de trabalho, etc.
Finalmente, temos a religião. Esta parece ser a pior, porque dá uma sensação de agradar a Deus sem fazê-lo. As pessoas pensam seguir a Deus, mas a sua moda. Continuam donas do seu nariz, de suas vidas, são seus próprios senhores. Tocam em alguns valores, por vêzes rompem om alguns problemas pessoais, mas não há real submissão ao governo de Deus. Continuam independentes, intocáveis, sem tranformação de fato.
A BESTA E A SUA ADORAÇÃO
Depois de tudo isto, depois que os valores do deus deste século estão no coração, que já foram cultivados, tornaram-se os ídolos pessoais, nada mais resta senão curvar-se ante a besta e adorá-la.
Portanto, a adoração da besta é apenas um detalhe final. Não pense que irá resistir lá na frente. Este é a estratégia e o domínio das trevas.
O REINO DE DEUS E SUA ESTRATÉGIA
Deus também tem uma estratégia e ela vai se consumar, porque Ele é soberano (Ap. 11:15). De fato, quando Deus entregou a terra ao homem ele não fez isto por um prazo indeterminado. Um dia, Ele restaurará para si todas as coisas. Portanto, Deus está preparando um povo para viver com Ele, porque Ele sempre quis Ter esta família, um povo para reinar com Ele. Mas este povo precisa começar agora.
Temos portanto, pelo menos duas razões básicas para nos submetermos a Deus e seus valores: resistir já a estratégia do diabo e estabelecer já o governo de Deus na terra, a partir de nossas vidas.
Não devemos esperar que vamos adorar a Deus lá no céu, que um dia vamos conseguir fazer tudo aquilo que não fizemos aqui na terra. No céu teremos, apenas, a oportunidade de vivermos em plenitude aquilo que começamos a praticar na terra.
Portanto, devemos começar a viver em adoração aqui e agora, pois os que se submetem a Deus e Seus valores também não terão dificuldade em adorá-Lo.
ADORAÇÃO COMO ESTILO DE VIDA
A adoração não deve ser vista como um momento de "culto". Aí está a religião, com sua liturgia. Ela diz quando e como adorar a Deus. Mas a adoração deve ser vista como uma maneira de viver, que agrada, traz prazer ao coração do Pai em todo o tempo. Adorar é agradar ao Senhor com palavras e atitudes, é prostrar-se ante Seu senhorio.
PRÉ-REQUISITOS DA ADORAÇÃO
A adoração requer que Ele, o Senhor, seja maior em nós. Seja nosso principal valor, seja o centro de nossa vida. Em segundo lugar, a adoração requer que o outro seja maior (Rm.12:3-20).
A ADORAÇÃO E SUAS FORMAS
A adoração não tem nada a ver com show, nem tão pouco necessita de cenário. João estava ilhado em Patmos, e estava em adoração.
A adoração pode ser em forma de cânticos (talvez a mais conhecida), expressões de palavras dedicadas a Deus ou atitudes para com o próximo – serviço, hospitalidade, honra, amor, etc. Engana-se quem pensa que isto não é adoração. Jesus disse que quando fazemos a um dos pequeninos a Ele fazemos (Mt.25:40). Ou ainda, que quem der um copo dágua em seu nome jamais perderá o seu galardão (Mc.9:41).
A adoração retrata, de alguma forma, e não em uma forma, a grandeza do nosso Deus; que Ele, e somente Ele é digno de toda adoração.
Certamente isto não quer dizer que não possamos nos congregar para adorá-lo. Aliás, somos até exortado a fazê-lo. E quando estivermos juntos para adorá-lo, devemos fazê-lo de todo nosso coração e em toda liberdade do Espírito Santo.
SOMENTE OS ADORADORES IDENTIFICARÃO E SE OPORÃO À BESTA
Somente aqueles que se colocam nesta posição, ou seja, de menor para o MAIOR, de servo para o SENHOR, podem identificar todas as armilhadilhas humanistas de Satanás e seu poder. Somente a verdadeira igreja, corpo santo de Jesus, conseguirá enxergar através das táticas e perceber que há um desvio crucial no centro das atenções, e que não é o Senhor.
Neste momento, uma verdadeira perseguição será levantada contra a igreja verdadeira, contra os "lunáticos", "fanáticos" ou "extremistas radicais". Porque os demais terão um ar de religiosidade, uma aparência de cristianismo, mas negarão estes valores de submissão, serviço incondicional, amor legítimo que dá sua vida porque, de fato, nunca estiveram comprometidos com eles, senão com aquilo que lhes trazia alguma forma de proveito pessoal: alegria, salvação, bênçãos materias e outras formas de bênçãos, mas nenhum comprometimento pessoal.
Começa aí a apostasia predita por Paulo em II Tes. 2:3. "Então será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro da sua boca, e o destruirá pela manisfestação da sua vinda"(v.8).
Quando a igreja for apertada pelos valores impostos por Satanás e seus aliados, de fato somente os autênticos discípulos se manterão firmes. O abandono será muito grande e não terão percepção clara disto. Continuarão achando que servem ao Senhor e até mesmo no dia de seu julgamento ficarão surpresos (Mt.7:21-23).
CONCLUSÃO
Gostaria de alertar que este quadro já está bem avançado. Os valores estão mudando e a igreja vai se amoldando a eles. A base não é mais a palavra de Deus, como regra de fé absoluta, mas os valores aceitos pela sociedade, tais como: o divórcio, o consumismo, a vida "fácil", o desrespeito pelas autoridades, a defesa de si mesmo, etc.
Não estamos tão longe da apostasia. Parece que a igreja cresce, mas a que preço?
De um evangelho humanista, aproveitador e interesseiro. Essa igreja não tem fundamento e, por isso mesmo, está exposta aos vendavais que já começaram a soprar e que tendem a aumentar muito nestes anos vindouros.
Estejamos atentos para não sermos confundidos. Exercitemos nossa vida em Cristo praticamente e sem reservas para ele; uma vida de adoração genuina, completa.
Não devemos estar desapercebidos do momento histórico que vivemos.
"Vinde... celebremos ao Rochedo da nossa salvção. Saiamos ao seu encontro com ações de graça, vitoriemo-lo com salmos" (Sl. 95:1,2).
A Segunda Vinda de Jesus

I. INTRODUÇÃO
Por muito tempo não li o livro de Apocalipse, por achá-lo muito difícil, com uma linguagem complicada de entender, mas depois de ter lido com atenção Apocalipse 1.3, percebi a importância de lê-lo.
Ap 1:3 "Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo".
Existe uma chave para lermos este assunto de forma ordenada:
Ler os Evangelhos: ali está o que Jesus falou sobre o assunto.
Ler as cartas apostólicas: ali está o que os apóstolos interpretaram.
Ler o livro de Apocalipse: ali está um apêndice do Evangelho de João.
O primeiro passo é ler e não estudar, não se preocupar em entender tudo, leia para se familiarizar com o que está escrito. Para isso é necessário ler muitas vezes só os evangelhos, depois só as cartas, depois Apocalipse.
O segundo passo é perguntar ao Espírito Santo, para que Ele nos revele o que necessitamos saber sobre o assunto. As profecias não são dadas de forma ordenada e nem cronológica, com o fim de buscarmos revelação, pois as coisas espirituais não se discernem naturalmente.
O terceiro passo é não inventar nada, só falar o que está claro nas Escrituras, não especular.
II. A GRANDE TRIBULAÇÃO
Vamos ler Mateus 24.1-31(15-22); Marcos 13.1-27(14-20); Lucas 21.5-28(12-24).
Mateus 24
1 Ora, Jesus, tendo saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos, para lhe mostrarem os edifícios do templo.2 Mas ele lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não se deixará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada.3 E estando ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo.4 Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane.5 Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e a muitos enganarão.6 E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim.7 Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares.8 Mas todas essas coisas são o princípio das dores.9 Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome.10 Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão.11 Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;12 e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.13 Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.14 E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. 15 Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação da desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),16 então os que estiverem na Judéia fujam para os montes;17 quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa,18 e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa.19 Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias!20 Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado;21 porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá.22 E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias.23 Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; 24 porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.25 Eis que de antemão vo-lo tenho dito. 26 Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem.28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres.29 Logo depois da tribulaçäo daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados.30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.31 E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
III. AS PROFECIAS
1. As três que já aconteceram: Lucas 21.24
"E cairão ao fio da espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos destes se completem".
A destruição de Jerusalém.
Os judeus espalhados por todas as nações - A diáspora.
O retorno dos judeus à Jerusalém. Romanos 11.25-26
Romanos 11:25-26
"Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades;"
2. As quatro que estão acontecendo:
Perturbações cósmicas - Lucas 21.25-26
A degradação moral - Mateus 24.12
A presença do diabo na terra - Apocalipse 12.7-12
A globalização: preparação para o anti-cristo.
3. O que falta acontecer: 2 Tessalonicenses 2.1-4; Apocalipse 13; Mateus 24.29; Marcos 13.24-25; Lucas 21.11,25
Surge o homem da iniquidade, o iníquo, o anti-cristo, a besta, e o falso profeta que atuará por 42 meses. Apocalipse 13.5
Vem a apostasia: grandes multidões deixarão os caminhos do Senhor. Apocalipse 13.12-14
Sinais no céu: sol, lua, estrelas
A VOLTA DO SENHOR (O ARREBATAMENTO): Mateus 24.30; Marcos 13.26; Lucas 21.27; 1 Tessalonicenses 4.16, 5.1-3; 2 Tessalonicenses 2.8; Atos 1.10-11
Ressurreição dos justos: Apocalipse 20.5-6; 1 Coríntios 15.52; 2 Tessalonicenses 4.16; João 5.28-29
Arrebatamento dos justos (corpo transformado): 1 Coríntios 15.50-54; 1 Tessalonicenses 4.17
Estabelece-se o trono de glória (trono de vivos): Mateus 25.31-33,13.30
Destruição do anti-cristo, lançado no lago de fogo, com o falso profeta: 2 Tessalonicenses 2.8; Apocalipse 19.20
Satanás é amarrado por mil anos: Apocalipse 20.1-3
Obs: Irá acontecer depois da manifestação do anti-cristo: 2 Tessalonicenses 1.3; Apocalipse 13.7-8. Iremos sofrer perseguição antes de sermos arrebatados: Apocalipse 12.13-18
o número da besta para comprar: Apocalipse 12.14
a nova era
as perguntas: crês que Jesus é o Filho de Deus? Quem manda na tua vida? Tá afim?
PRÉ-MILENISTA
A terra será liberada
Apocalipse 20 fala de duas ressurreições
A besta e o falso profeta lançados no lago de fogo
O diabo lançado na prisão por mil anos e depois no lago de fogo
Existem dois tronos: Mateus 25 dos vivos e Apocalipse 20 dos mortos
O MILÊNIO: Apocalipse 20.4-6; Apocalipse 2.26-27; Apocalipse 12.5
É o governo de Cristo na terra com a Igreja, estabelecida em Jerusalém.
Governo centrado em Jerusalém: Isaías 2.1-5
Muitos correrão para ela.
Os caminhos do Senhor serão ensinados ali em Jerusalém.
De Sião sairá a Lei.
Julgará as Nações.
Converterão as espadas em enxadões.
Não aprenderão mais a guerrear, haverá paz: Isaías 11.1-10; 35; 65.17-25
APÓS O MILÊNIO
Satanás será solto: Apocalipse 20.7
Satanás seduzirá as Nações para fazer guerra aos santos: Apocalipse 20.8-9
Descerá fogo do céu, destruirá Satanás que será lançado no lago de fogo, onde já estão a besta e o falso profeta: Apocalipse 20.9-10
Estabelece-se o Trono Branco para juízo: Apocalipse 20.11
Ressurreição para juízo: Apocalipse 20.12-15
Destruição da terra e céu, com fogo: Apocalipse 20.11; 2 Pedro 3.10
Novo céu e nova terra, para menor juízo dos inscritos no LIVRO DA VIDA: Apocalipse 20.15;21.1,8,24 - não haverá morte, saúde pelas folhas da Árvore da Vida, que está na Cidade Santa, Nova Jerusalém.
A Cidade Santa, Jerusalém, para os inscritos no LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO, que lutaram a batalha da fé e venceram. A Cidade não tem noite. São salvos pela eternidade: Apocalipse 21.9-27;22.1-5; Hebreus 11.13-16
O Andar na Luz

Introdução
O Senhor tem falado muitas coisas em nossos corações. Tudo isto tem nos levado a meditar diante do Senhor e a descobrir a nossa verdadeira condição. Quando descobrimos a nossa real e verdadeira condição temos algumas reações:
Escondemos a nossa condição.
Disfarçamos, tratando superficialmente.
Confessamos, colocamos na luz
Escondendo o Pecado
Esta é a primeira reação que todo homem tem diante do erro, do pecado. Ela acontece instintivamente. Foi o que fez:
Adão — "tive medo e me escondi"
Caim — Gênesis 4:8-10 (escondeu)
Acã — Josué 7:1,10-11
Davi — II Samuel 11,12
Ananias e Safira — esconderam
Escondemos de quem?
A pergunta que surge é "escondemos de quem? de Deus?"
Exemplos:
1. Adão
Deus — Onde você está? Deus não estava vendo?
Deus — Quem te fez saber? Deus não assistiu?
Deus — Comeste da fruta? Deus não sabia?
2. Caim
Deus — Onde está Abel teu irmão?
Deus — Que fizeste? Deus não sabia?
3. Acã — Josué 7:11
Deus — Israel pecou… até debaixo da bagagem. Deus não sabia onde estava?
Deus — vs. 13-15. Coisas condenadas há no meio de ti. Deus não sabia quem era?
4. Davi
Deus — Manda Natã perguntar sobre ovelhas. Deus não sabia o que Davi tinha feito? Quem mostrou para Natã?
5. Ananias e Safira
Deus — Manda Pedro perguntar o preço do campo. Deus não sabia o valor?
É claro que Deus sabia sobre todos e sobre tudo, mas o Senhor estava aqui introduzindo um princípio de cura para o homem — a confissão, o andar na luz, a transparecia.
Deus sempre nos dá a oportunidade para confessarmos, antes de nos descobrir.
A pergunta foi:
De Quem Escondemos?
A resposta é:
Dos Homens, Dos Nossos Semelhantes.
Outra pergunta surge:
Quais as conseqüências quando escondemos?
Sentimento de culpa
A isto chamamos de má consciência. Os que insistem nisso, tornam-se hipócritas e terminam naufragando na fé. I Timóteo 1:5,19; 3:9; Provérbios 28:13
O pecado escondido pode trazer dano a:
Uma pessoa — Davi;
Uma família — Ananias e Safira;
Uma nação — Acã;
Uma raça — Adão.
Doenças físicas
Salmo 31:3; Provérbios 3:5-8.
Outra pergunta surge:
Qual o verdadeiro motivo para escondermos o pecado?
Jó 31.33-34
Desde Adão até hoje a preservação da imagem é o verdadeiro motivo para ocultar as nossas falhas e pecados.
Tratamos Superficialmente
Muitos que estão aqui tem ouvido esta palavra sobre o cavar, abrir profunda vala, e tem tratado este assunto com superficialidade. Agindo exatamente como fez o homem que edificou a sua casa sobre a areia. Ou seja, como o homem da passagem, não quer ter o trabalho de cavar, de abrir profunda vala. Quem sabe até está disposto a cavar, mas não irá até o fundo.
Aqui estão enquadrados os que estão dispostos a colocar algumas coisas na luz e manter outras escondidas.
Algumas atitudes de superficialidade:
Algumas Vezes Transferimos Nossas Culpas
Isto é muito antigo — Adão, Eva, a serpente. Sempre estamos buscando alguém ou alguma coisa para lançarmos a nossa culpa (II Coríntios 5:10; Hebreus 4:13).
Outras Vezes Justificamos O Pecado
Damos grandes explicações sobre as circunstâncias, os fatores que influenciaram.
O que estamos querendo? Dizer que o pecado foi quase inevitável? (I Coríntios 10:12-13; Hebreus 2:14-18;4:13-16)
Racionalizamos O Pecado
Freud, o pai da psicanálise, sustentou que o sentimento de culpa é condicionado pela religião, se eliminarmos a religião solucionamos a culpa.
Hoje em dia, muitos tem eliminado a religião, mas os seus conflitos e perturbações tem aumentado.
Outras Vezes Usamos Escapismos
Muitos buscam distração, encherem-se de atividades, programas, entretenimento para escaparem de sua conflitiva realidade interior;
E, Ainda Outras Vezes, Atacamos Os Efeitos Do Pecado Com Remédios
Através de tranqüilizantes.
Amados, a cura está em confessar, andar na luz; o Espírito Santo está nos dando a grande chance de ajustarmos toda a nossa vida até aqui. As trevas são o reino de Satanás, não tenhamos nada dele em nós.
Confessando Os Nossos Pecados
I João 1:5-9; Efésios 5:8-14; João 3:19-21
Os textos falam sobre confessar, revelar o que está oculto, escondido nas sombras, ou seja, manifestar.
O que é Confessar
Andar na Luz é tornar-se manifesto, tornar-se conhecido, mostrar-se como é. Andar na luz é confessar, dizer a verdade, assumir a responsabilidade dos seus atos.
Confessar é dizer com convicção e arrependimento. "Eu pequei…","tenho pecado". Confessar é diferente de contar, pois a confissão sempre vem acompanhada com arrependimento.
A Quem Confessar?
A Deus
A quem ofendi
Uns aos outros
Alguns confessam, mas tem medo de serem expostos – quer preservar o que? tem medo de perder o que? O que ocorreu com Davi a 3.000 anos atrás? Nós não sabemos como Davi era fisicamente, mas sabemos que pecou, com quem pecou. Porquê? Porque o próprio Deus o expôs para todo o sempre.
Só Há Perdão Para Pecado Confessado
O sangue de Jesus só purifica o que está na luz. Somente a confissão com o arrependimento pode produzir cura e perdão.
Quando ocultamos nossos pecados, buscamos justiça própria. Existe até quem faça penitência; jejum, oração, vigília e etc… Deus rejeita (Isaías 64:6; 43:24-26)
Só não existe perdão para o que não é confessado, posto na luz.
Nossa justiça é Cristo. Temamos ter algo escondido, mas não temamos colocar na luz. A confissão é a cura que Deus estabeleceu para nossos conflitos.

Submissão – Um Princípio de Deus

Submissão – Um Princípio de Deus

Introdução
Estudar sobre Autoridade Espiritual pode parecer a alguns que se trata de um tema seco, mas a essência da própria espiritualidade está na relação certa de obediência a Deus. O Senhor age a partir do seu trono que está estabelecido sobre a sua autoridade. Isto é básico e coloca tudo como Deus quer. Louvar, orar, jejuar ou fazer qualquer coisa sem submissão não tem valor para Deus. É mecânico e sem vida.
I. Princípio Divino
Deus é autoridade em si mesmo, e tudo que no mundo (cosmos) existe é sustentado pela palavra do poder de sua autoridade (Hb 1.3). Nada sobrepuja a autoridade de Deus no universo. Logo, é indispensável, para todo aquele que deseja cooperar com o Senhor, conhecer a autoridade de Deus. Entrar em contado com a autoridade do Senhor é o mesmo que entrar em sintonia direta com Deus. "A maior das exigências que Deus faz ao homem não é a de carregar a cruz, servir, fazer ofertas, ou negar-se a si mesmo. A maior das exigências é que Obedeça".
"Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocausto e sacrifícios quanto em que se obedeça a sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como idolatria e culto a ídolos do lar. Visto que rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei." 1Sm 15.22-23
Diante disso, rejeitar uma ordem de Deus é o mesmo que ir contra o próprio Deus. No Reino de Deus está implícita a Dependência. Dependência a tudo que o Senhor determina, isto é, sendo-lhe completamente submisso. Jesus prega o Evangelho do Reino porque conhece o problema principal do homem: a sua independência para com Deus. Na independência está implícita a Rebeldia. E o evangelho do reino ataca a causa, levando o homem à dependência do Senhor e, conseqüentemente, a torná-lo salvo e regenerado. O evangelho do reino é a única maneira de recuperar um rebelde.
II. Princípio Satânico
"O arcanjo transformou-se em Satanás quando tentou usurpar a autoridade de Deus, competir com Deus, e assim se tornou um adversário de Deus. Foi a rebeldia que provocou a queda de Satanás" (Is 14.12-15; Ez 28.13-17). A intenção de Satanás de estabelecer o seu trono acima do trono de Deus foi o que violou a autoridade do Senhor. O princípio de rebelião é passado a todos os homens depois da queda de Adão. Este princípio o Senhor abomina: é como feitiçaria.
Sempre que alguém peca contra a autoridade de Deus, peca diretamente contra o Senhor. Não podemos permitir espaço para rebeldia em nossas vidas. Temos que vivê-las em completa santidade, assim como Jesus, que em nada foi rebelde ao Pai. Ele vivia, como vive, para agradar ao Pai e em tudo lhe ser submisso.
III. Autoridade Delegada: Rm 13.1
O princípio de autoridade delegada é que rege todas as relações do homem com o homem, bem como do homem para com Deus. Todas as coisas estão debaixo deste princípio, nada está solto. Este é um princípio de ordem e paz, nunca de confusão. Deus assim criou todas as coisas , mas ao rebelar-se, Lúcifer gerou a confusão. E, pior, está levando todos os homens a viverem debaixo do princípio de rebelião.
Como funciona o princípio de autoridade delegada? Na Trindade temos que o Pai é igual ao Filho, que é igual ao Espírito Santo. Na essência os três são iguais. Todavia, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são diferentes nas funções.
O Pai enviou o Filho (Jo 4.34).
O Filho veio (Jo 16.28).
O Filho foi obediente ao Pai (Jo 8.29).
O Filho enviou o Espírito Santo (Jo 15,26;14.26).
O Espírito Santo veio (At 2.16-17).
O Espírito Santo é obediente ao Filho (Jo 16.12-15).
A Trindade é a fonte de toda a verdade. Este princípio divino é encontrado em todas as relações estabelecidas por Deus. Temos que numa família o pai é igual â mãe, que é igual aos filhos. O ocorre que na família, o pai é o cabeça e a mãe a ajudadora. Eles são iguais, têm o mesmo valor para o Senhor, mas têm funções diferentes.
Há uma tendência de se pensar que se submeter é ser inferior. Jesus nunca foi inferior ou menor que o Pai pelo simples fato de lhe ser submisso. Pelo contrário, Jesus Cristo tem o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9). Temos que entender que entre iguais há uma relação de autoridade e submissão. Isto faz parte da ordem divina. As autoridades delegadas estão em todas as áreas de nossas vidas. Um discípulo do Senhor deve, onde estiver, procurar saber quem é a autoridade delegada para a ela se submeter.
A. Deus Delega Autoridades em Todas as Áreas da Vida:
Civil: Rm 13.1-3.
Trabalho: Ef 6.5-6; Tt 2.9-10; 1 Tm 6.1-2.
Família: Ef 5.22-24; 6.1-4.
Igreja: 1Co 12.28
Todo discípulo do Senhor, onde estiver, procura saber quem é a autoridade, para a ela se submeter. Não há espaço para o "super-espiritual".
B. O Problema do Super-Espiritual:
Quem é este ? É aquele que aparenta espiritualidade, mas esconde uma grande rebelião e que traz muito dano ao corpo de Cristo. O super-espiritual costuma dizer: "Eu só obedeço a Cristo, o Senhor. Não estou sujeito a nenhum homem!" Isto é loucura. Toda vez que se diz "Deus, quero te obedecer", o Senhor responde bem claro e preciso: "Ótimo! Então, obedeça ao teu marido, teu pai, teu chefe, teu pastor!" Aí aparece o super-espiritual declarando: "Não, eu só obedeço ao Senhor, a ninguém mais. Só obedeço o que tu me falares pessoalmente!" E, o Pai, responde com toda firmeza: "Mas o meu desejo é que me obedeças através deles". Regularmente escutamos esta outra resposta: "Você não sabe quem é o meu marido, pai, chefe". Ou ainda: "Meu marido é um alcoólatra, meu pai é incrédulo…"
É inadmissível declarar obediência a Deus e não às autoridades por Ele delegadas. Sempre que obedecemos às autoridades delegadas estamos submissos a Deus, estamos agradando ao Pai. Obedecer somente quando se concorda não é espírito de submissão. É rebeldia e independência. Importa que, concordando ou não com a ordem, a obedeçamos de coração. É assim que se age perante Deus.
Enquanto não reconhecemos as autoridades delegadas sobre nós, não chegaremos à maturidade nem ao alvo. Precisamos de guias que nos levem pelas mãos, para que não fiquemos no caminho, sem atingirmos o alvo: "...jazem nas estradas de todos os caminhos, como o antílope na rede" (Is 51.17-20). Os homens esperam que a igreja apareça e os tome pelas mãos, guiando-os, levando-os pelo caminho em que devem andar.
IV. Submissão, um Princípio de Deus
A. O que é Submissão?
Não é mera obediência externa, nem tão pouco quando controlado. Submissão é prestar obediência inteligente a uma autoridade delegada. É exteriorizar um espírito submisso, mesmo quando ninguém está por perto. É renunciar à opinião própria quando se opõe à orientação daqueles que exercem autoridade sobre nós.
Quando é que aprendemos o que é a submissão? Quando é que nos convertemos? Quando aceitamos o senhorio de Cristo sobre nossas vidas. Quando verdadeiramente renuncio a tudo o que tenho, nego a mim mesmo , tomo a cruz e sigo ao Senhor. Sigo submisso às direções e orientações que recebo das autoridades delegadas. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus", "antes a si mesmo se esvaziou"... "a si mesmo se humilhou", "tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (Fp 2 5-8). Só existe um caminho para a submissão, andar como Cristo andou (1Jo 2.6). Ele é o nosso modelo. E, "embora sendo Filho (Jesus homem), aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu" (Hb 5.8).
Sem submissão jamais chegaremos ao alvo. Nem estaremos sendo cooperadores do Senhor. Se alguém é independente, rebelde, não é membro do corpo, pois sendo membro será sempre dependente, submisso. Como pode um membro subsistir no corpo se não se submeter às ordens da cabeça? Assim também nós não podemos subsistir no corpo de Cristo se não formos sujeitos as autoridades delegadas. Quando uma mulher não se submete ao seu marido, ou quando um filho não obedece ao seu pai, ou quando o empregado não acata a ordem de seu chefe, ou quando o discípulo não se submete aos autoridades, é porque estão cheios de si mesmos. Quem está cheio de Cristo está cheio de obediência. O evangelho do reino aniquila com a independência do homem, bem como com a rebeldia: faz do homem um Ser submisso.
B. Os Frutos da Sujeição.
Quando o homem vive no princípio de submissão às autoridades delegadas por Deus, ele desfruta de benefícios desejados por todos os homens, a saber:
paz, ordem e harmonia no corpo de Cristo;
edificação e formação de vidas;
unidade e saúde na igreja;
cobertura e proteção espiritual.
V. Autoridades Delegadas na Igreja.
A igreja de Cristo é governada por Cristo e, não, pelo povo. Não existe democracia na igreja, porque a igreja não é do povo, é de Deus. O que existe é a teocracia: o governo de Deus através de suas autoridades delegadas.
É impossível edificar a alguém que não se submete à autoridade. Não há nada mais frustrante do que apascentar "cabras e bodes". Um filho espiritual obedece naturalmente.
A. Quem são as Autoridades Delegadas na Igreja?
Cristo : Ef 1.20-22.
Palavra : Mt 7.24; Jo 15.10; Cl 3.16-17. Ninguém pode dizer que é submisso a Cristo e sua igreja se não obedece à palavra do Senhor.
Apóstolos : At 2.42; 20.17; 2Ts 3.4,6,10,12; 2Co 11.34; 16.1; Tt 1.5. Os apóstolos determinavam a doutrina e usavam amplamente a autoridade que Deus lhes havia outorgado. A igreja continua necessitando desse ministério. Continua precisando que os apóstolos ordenem tudo, estabeleçam o reino de Deus com clareza e firmeza.
Pastores : Ef 4.11, 1Tm 5.17. Estes, como os apóstolos, profetas e evangelistas, são ministérios específicos de governo e têm a responsabilidade de manterem o ensino, a visão, a doutrina sempre firmemente claros, cuidando para que não percam sua consistência, e fiquem fofos.
Paterna : Ef 5.22-24; 6.1-3; 1Co 11.3. O homem é o cabeça, autoridade delegada por Deus no seu lar, isto porque o Senhor assim o constitui para o desenvolvimento harmônico da família. O homem não deve ser "ditador" nem tão pouco um "frouxo". Ele deve ordenar, governar sua casa dentro dos princípios divinos, com amor. O cabeça deve sempre procurar escutar o ponto de vista de sua esposa. E a mulher deve deixar com o marido a responsabilidade da decisão. A mulher e os filhos precisam da proteção e da autoridade do esposo e pai em todas as áreas de suas vidas. É assim que Deus determinou, mesmo que ele, marido ou pai, seja incrédulo.
Guias : 1Co 16.16; 1Ts 5.12-13; Hb 13.17. Todos devem estar ligados por "juntas" ou "ligamentos", no corpo de Cristo (1Co 12.12-13). São estes que nos unem ao corpo, nos presidem e nos fazem conhecer as ordens do cabeça, nos ensinam e nos conduzem, guiando-nos no caminho do Senhor , sem necessariamente serem pastores. Isto faz um corpo coeso e firme.
Uns Aos Outros : Ef 5.21; 1Pe 5.5. Isto embeleza a casa de Deus. Livra a igreja de uma hierarquia religiosa. Todos se comunicam entre si compartilhando a palavra do Senhor, aconselhando ou mesmo corrigindo uns aos outros.

B. Estar Sob Autoridade Realça a Personalidade
Ser submisso não aniquila, nem castra a personalidade de ninguém. Pelo contrário, realça a vida de qualquer um. Cristo foi o tempo todo submisso, humilde, sempre servindo. E o que ocorreu com Ele? Jesus Cristo recebeu o nome que está acima de todo nome (Fp 2.9).
"As palavras que vos digo não vos digo por mim mesmo" (Jo 14.10). Os escribas eram "papagaios", mas Jesus tinha autoridade porque estava sob a autoridade do Pai (Mc 1.22). A autoridade que tinha para perdoar os pecados vinha da submissão ao Pai (Mc 2.10). A autoridade dinâmica que Jesus teve extrapolou as tradições. Teve coragem para isto, porque estava sempre sob a autoridade do Pai (ex.: os cambistas no templo, Jo 2.13-16).
Deus quer uma família de muitos filhos semelhantes a Jesus, por isso nos coloca a todos sob o seu princípio de Autoridade e Submissão. Aleluia!
VI. Qual é o Propósito da Autoridade na Igreja?
Para cumprir a grande comissão: "Ide, fazei discípulos…" (Mt 28.19-20). A autoridade está para ensinar, educar na justiça, instar, aconselhar, ordenar, corrigir, consolar, repreender, disciplinar, animar e abençoar (2Tm 2.2; 3.14-17; 4.1-4; Tt 2.11-15; 3.8-11).
VII. Ser Autoridade Delegada Por Deus
Somente aquele que está sob autoridade na igreja poderá receber autoridade. Não é possível ser autoridade e ser independente. O exemplo é o que respalda a autoridade.
No mundo, "os governadores dos povos os dominam" e "os maiorais exercem autoridades sobre eles" (Mt 20.25). Além do mais, são sempre servidos. No Reino de Deus, paradoxalmente, é bem diferente: a autoridade é para servir: "quem quiser ser grande entre vós. será o que vos sirva" (Mt 20.26-27). A motivação da autoridade deve ser sempre o serviço. Não podemos usar a autoridade que recebemos em benefício próprio.
VIII. Conclusão
O princípio da autoridade deve ser respeitado e vivido quotidianamente, pois é um princípio de Deus que, praticado, é uma bênção. Abandonado, não respeitado, poderá redundar em maldição. Davi, submisso à autoridade de Deus, foi, por Ele, considerado o homem segundo o seu coração. Foi uma bênção.
"Todo homem esteja sujeito ás autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas." Rm 13.1